sexta-feira, 25 de março de 2011

Vidas

Quando os sonhos de vidas se transformam em realidade, os sonhos deixam de ser sonhos, para se transformarem em emoção, que voa no sentimento bonito da paixão.
As vidas são nascidas em ventre de outras vidas, que sorriem de alegria, porque vida é sempre vida e nossas vidas são comemorações pelo amor de duas vidas.
Na passagem do mar ao céu, misturam-se as cores na linha do horizonte e encontra-se um Sol que nos dá mais vida as nossas vidas.
Não haveria tanta vida em forma de sorrisos se não houvesse o amor, o sentimento mais nobre do mundo.
Já o mundo esse aquário de peixes vitais permite que o seu nome seja portador de sorrisos fluentes nas ondas de felicidade e alegria.
No desenho de uma rosa em um quadro está uma rosa que perfuma e vive em um jardim. Essa rosa é mais uma vida entre muitas vidas, encantadora e deslumbrante ao olhar, ao sentir e ao viver. Essa rosa também nasceu de duas vidas...
Encorajados por uma palavra viva, muitos foram atrás de suas vidas nos braços de outras vidas. Eles descobriram felicidade ao saberem que a vida não pára e que um grito se ecoa no espaço, dizendo:
_Viva a sua vida intensamente! Pois a vida é linda,é uma sobremesa deliciosa que contém uma receita especial, uma sinfonia de fluidos de êxtase e impacto deslumbrante, os quais invadem as palavras, e as palavras, ao ganhar vida, chegam a conquistar mais, e mais vidas...

Marco Valério Gomes Batista Gonçalves

sexta-feira, 18 de março de 2011

Um papel suspeito


Uma mulher enciumada encontrou uma cartinha, escrita em próprio punho pelo marido, no bolso esquerdo da camisa dele, a qual dizia:

“Minha querida C...”

“Você escreve, escreveu e escreverá o meu nome na História. Com suas falhas, em alguns momentos, manchou o meu nome, porém foi fundamental nos momentos de felicidade ao assumir os meus empregos. Esteve presente e sempre estará perto do meu coração.
Sei que muitas vezes, lhe deixei de lado, mas logo logo sentia a sua falta. Quase que eu ia lhe perdendo para outra pessoa. Só que isso não acontenceu, porque cuidei logo de agarrá-la de volta.
Você é testemunha de meus sentimentos. Sempre me guiou pela minha mão direita. Já lhe vi cair, mas eu lhe ergui. Você é muito importante para mim.”

A esposa imediatamente se dirigiu ao marido e lhe disse:
_ Mas o que é isso, você está me traindo com outra?
O marido bem tranqüilo e com a voz suave e rindo daquela situação toda disse:
_Calma amor, não é isso que você está pensando....
_ Não é isso o que?
_Calma! Desdobre o papel e veja a continuação do artigo que eu irei participar do concurso de “cartas”!
A mulher desdobrou o papel e viu que havia outras linhas escritas que diziam:
“Você escreve para mim neste momento, assim como eu escrevo para você, pois nós nos completamos. Somos movimento e funcionalidade, sentimento e grafia, amigos e amantes pela vida...”

“Obrigado por tudo isso a você, minha querida C..., minha querida Caneta...”

_Ufa! Você e seus escritos me deixam maluca.- depois ela sorrindo aliviada ficou rindo de tudo isso.

Marco Valério Gomes Batista Gonçalves

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aprendendo Literatura com Max Gerhinger


Vou postar aqui um artigo do grande consultor empresarial e escritor Max Gerinhger, o qual se chama "As aves que aqui gorjeiam" do seu livro "Clássicos do Mundo Corporativo", vamos lá:



"As aves que aqui gorjeiam"

"No longínquo ano de 1843, o poeta maranhense Gonçalves Dias escreveu a célebre Canção do Exílio. Aquela do poema que diz: "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá. As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá".



Na época, Gonçalves Dias não estava propriamente exilado. Havia mudado para Lisboa por causa de um objetivo bem definido: pretendia cursar a faculdade de Direito. Mesmo vivendo em um país onde se falava o idioma igual ao Brasil, Gonçalves Dias teve aquele poético surto de saudade. Mal sabia ele que, quase dois séculos depois, muitos brasileiros iriam começar a ter saudade do tempo em que se falava português em salas e corredores de empresas brasileiras.

Se hoje Gonçalves Dias fosse vivo, e trabalhasse por aqui, provavelmente escreveria um poema mais ou menos assim...

Minha empresa tem um office
Onde manda o CEO
Tem dez vice-presidentes
Cada um com assessor

Nosso budget tem mais profit
Nosso customer, relationship
O manager tem notebook
E o motoboy tem um bipe

Minha empresa tem call center
Stock option e bonus plan
Tem happy hour à tarde
E breakfast de manhã

O advetising tem mais recall
O marketing tem mais appeal
Everybody diz yes
E nobody dá um pio

Quase dois séculos depois, o mundo corporativo desmentiu Gonçalves Dias. Porque as aves que aqui gorjeiam, estão gorjeando como lá."


Max Gehringer

domingo, 6 de março de 2011

Um cinema em minha mente


O que você faria se tivesse de ir de um local a outro, para pegar, no seu destino, um ônibus? Você teria duas possibilidades: ir de trem ou ir correndo.
A primeira vista, a resposta seria "ir de trem", mas tem um detalhe, se você fosse de trem teria que aguardá-lo, pacientemente, na estação de Marcópolis e teria que torcer para que o ônibus atrasasse o seu horário para conseguir embarcá-lo.
Então, neste exato momento, vamos estreiar o nosso filme, cujos personagens principais são João Valente e a bela Vitória Celeste. O filme ocorre em uma cidade chamada Marcópolis, um promissor município que faz jus ao seu fundador.
No início do filme, João Valente se deparou com a pergunta inicial deste escrito. Sua missão era tentar pegar um ônibus a 15 km do local onde estava, para logo em seguida se dirigir ao aeroporto, onde encontraria a sua amada Vitória Celeste, que viajaria de avião para as Ilhas Valerianas. Ele tinha de entregar um presente para ela, pois eles estavam brigados e esse presente era alianças de noivado.
João Valente poderia se utilizar da paciência para aguardar o trem, que só chegaria depois de 30 min, porém ele teria que contar com a sorte do ônibus se atrasar para dar certo o seu plano. Teria que pensar rápido. Então optou por agir e saiu correndo como um louco.
Na sua corrida rente aos trilhos do trem, chegou a cair, o que lentificou a sua corrida. Na sua mente, vieram vários pensamentos negativos que ele não iria conseguir chegar no local previsto.
Estava bastante suado, dispneico e ansioso. Foi quando na tela de cinema de minha mente, lá vinha o trem, que passou por ele.
João Valente não desistia tão facilmente de seus planos e decidiu tentar um plano B, almejando chegar correndo à próxima estação de trem, na qual o trem ficaria parado por cerca de 10 min, para o embarque e desembarque dos passageiros. Nos seus cálculos, ele teria cerca de 14 min para chegar lá e 1 min para comprar o bilhete e pegar o trem.
Ele correu intensamente, para pegar o trem. Teria que contar com a sorte de o ônibus se atrasar. A sua mente falava:
_ O ônibus vai se atrasar, o trem vou alcançar e vou chegar lá...
E ele conseguiu pegar o trem. Agora só faltava agarrar o ônibus que lhe conduziria a sua amada, a bela Vitória Celeste.
O trem parou próximo a estação rodoviária. Ele corria intensamente... Chegando na rodoviária, dirigiu a palavra a um senhor, perguntando se o ônibus das 16h já tinha partido ao aeroporto.
O senhor disse:
_ Já foi, meu filho.
Neste momento, no cinema de minha mente, a platéia fez um ar de comoção, pena e descontentamento.
Mas João Valente não desistia tão facilmente, dirigiu-se ao local de vendas das passagens e se informou com o vendedor da empresa. Foi neste instante, em que ele descobriu que o ônibus tinha se atrasado e que ainda estava para chegar e que o ônibus que já tinha partido era o de 15:30.
No cinema, todos estavam ansiosos para descobrir como seria o final emocionante daquela história.
O ônibus das 16h chegou, ele tentou comprar a passagem, mas todos os lugares já estavam ocupados. E agora?

João ficou decepcionado, porém já que ele não poderia ir, pelo menos a sua encomenda poderia ser transportada pelo ônibus, pois ele tinha encontrado uma pessoa conhecida dele no ônibus.
Ele logo logo fez uma carta e mandou a pessoa entregar junto com o presente a sua amada. Uma música bem bonita surgia no cinema de minha mente, momento em que Vitória Celeste se encontrava no aeroporto, prestes a pegar o avião.
A pessoa portadora da encomenda que também conhecia Vitória, chegou em tempo e entregou-lhe o presente e a carta.
Ela abriu a carta que dizia:
"Meu amor, tive que decidir entre a paciência e o agir e decidi por correr ao seu encontro, porém no meio do caminho, os planos mudaram pois levei um tombo, tentando correr mais rápido que um trem, porém consegui pegá-lo em um outro momento. Fui teimoso em persistir em explicações de um ônibus que fora embora e descobri que ele não tinha ido, porém estava lotado, impedindo o meu encontro com você. Encontrei um anjo que lhe entregasse essas alianças e agora me encontro distante de você, porém ansioso em querer lhe dizer que a amo muito e que queria ser o Valente na Vitória do seu Céu" Ass.: João Valente
A plateia não se conteve em lágrimas, soluços de emoção, nesta passagem...
Vitória Celeste abriu a caixinha que estava enrolada em um papel branco com uma fita vermelha e viu as alianças e disse baixinho:
_ Ah, como eu queria que você estivesse aqui e me desse um abraço.
E só foi ela terminar de dizer essas palavras, João Valente estava logo atrás dela, como em um passe de mágica. Coisas de filme de minha mente, minha gente. Ele teve a sorte de pegar uma carona com um caminhoneiro na estrada, para ir de encontro a sua amada.
Os dois se abraçaram, e ela disse o seu sim a João. Na tela do cinema apareceu um "fim", que para mim, não era o fim mas o começo de reflexões ainda por vir.
A plateia aplaudiu o emocionante filme que passara no cinema de minha mente...


Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (06/03/2011)