quinta-feira, 30 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
Na cura, no soerguimento e até que a morte nos separe
Olho os telejornais, as revistas e afins, na atualidade, percebendo um tufão de reportagens desqualificando a figura do médico e de outros profissionais da saúde, após se iniciar a nível nacional uma mobilização geral, para melhores condições de trabalho e de valorização em nossas profissões.
Apesar de todo este turbilhão de notícias ruins, nesta semana, deparei-me com três fatos que me fizeram feliz, três histórias de pacientes.
Encontrei uma pessoa querida próxima de minha família, no início da semana, a qual obteve a cura de sua doença e foi tratada também por mim. Ela disse palavras lindas de agradecimento. Sou sincero fiquei bastante feliz com aquele momento e por sua cura.
Os dois outros fatos que me elevaram o meu estado de luz de alegria ocorreram ontem.
Um deles ocorreu por telefone, em que a esposa de um paciente, que tinha hanseníase e estava com um problema de circulação por uma obstrução arterial em coxa direita, por tabagismo crônico, ligou-me para dizer que foi realizada a cirurgia de revascularização do membro e o mesmo já estava andando, com a cicatrização da ferida operatória e com a volta do aquecimento da perna.
Nesse último caso, apenas facilitei os encaminhamentos para dar destino e solução para aquela situação e consegui. A alegria me invadiu o coração com o soerguimento de um paciente ao voltar a andar.
O outro fato foi o seguinte: estávamos eu e minha mãe em um restaurante, quando ouvi de duas pessoas um chamado por “Dr. Marco Valério”, virei-me e notava que eram semblantes que eu já tinha visto, mas que não me chegava à memória naquele instante. Então, conversando um pouco mais, veio à mente a história do paciente que tinha acompanhado há uns quatro anos, ainda no hospital universitário Lauro Wanderley.
Eram duas mulheres, a esposa do paciente e uma amiga, que com sorrisos nos rostos vieram falar comigo, como também agradecer do período que o seu ente esteve em minhas mãos e que diagnosticamos que o motivo da paraplegia do mesmo era um tumor pulmonar com metástase para coluna.
Essa última situação me chamou certa atenção, primeiro pelo tempo passado, e, segundo, que mesmo com a morte inevitável do paciente, ainda ficou naquela família o senso de gratidão pelo trabalho com afinco feito por um humilde funcionário, um reconhecimento feito mesmo com a morte daquele paciente querido que nos separou, mas que restou na lembrança dos que ficaram a gratidão, repito mais uma vez, a gratidão.
Encontro forças na minha profissão, também, através de orações e pensamentos positivos de vários pacientes e seus familiares espalhados pelo Brasil. Toda uma energia que nos chega com altivez e esperança, apesar de não ser uma mensagem ouvida, mas tenham certeza é uma mensagem sentida.
Contando os fatos, lembro-me de uma frase do músico Charlie Parker, que dizia: “Se você não viver o jazz, ele não sai do seu instrumento musical.”.
Aproveitando, a deixa de Charlie, concluo: “Se a gente não viver a Medicina, ela não sairá de nossa alma, na cura, no soerguimento e após a morte que nos separa.”.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (25/06/2011)
Apesar de todo este turbilhão de notícias ruins, nesta semana, deparei-me com três fatos que me fizeram feliz, três histórias de pacientes.
Encontrei uma pessoa querida próxima de minha família, no início da semana, a qual obteve a cura de sua doença e foi tratada também por mim. Ela disse palavras lindas de agradecimento. Sou sincero fiquei bastante feliz com aquele momento e por sua cura.
Os dois outros fatos que me elevaram o meu estado de luz de alegria ocorreram ontem.
Um deles ocorreu por telefone, em que a esposa de um paciente, que tinha hanseníase e estava com um problema de circulação por uma obstrução arterial em coxa direita, por tabagismo crônico, ligou-me para dizer que foi realizada a cirurgia de revascularização do membro e o mesmo já estava andando, com a cicatrização da ferida operatória e com a volta do aquecimento da perna.
Nesse último caso, apenas facilitei os encaminhamentos para dar destino e solução para aquela situação e consegui. A alegria me invadiu o coração com o soerguimento de um paciente ao voltar a andar.
O outro fato foi o seguinte: estávamos eu e minha mãe em um restaurante, quando ouvi de duas pessoas um chamado por “Dr. Marco Valério”, virei-me e notava que eram semblantes que eu já tinha visto, mas que não me chegava à memória naquele instante. Então, conversando um pouco mais, veio à mente a história do paciente que tinha acompanhado há uns quatro anos, ainda no hospital universitário Lauro Wanderley.
Eram duas mulheres, a esposa do paciente e uma amiga, que com sorrisos nos rostos vieram falar comigo, como também agradecer do período que o seu ente esteve em minhas mãos e que diagnosticamos que o motivo da paraplegia do mesmo era um tumor pulmonar com metástase para coluna.
Essa última situação me chamou certa atenção, primeiro pelo tempo passado, e, segundo, que mesmo com a morte inevitável do paciente, ainda ficou naquela família o senso de gratidão pelo trabalho com afinco feito por um humilde funcionário, um reconhecimento feito mesmo com a morte daquele paciente querido que nos separou, mas que restou na lembrança dos que ficaram a gratidão, repito mais uma vez, a gratidão.
Encontro forças na minha profissão, também, através de orações e pensamentos positivos de vários pacientes e seus familiares espalhados pelo Brasil. Toda uma energia que nos chega com altivez e esperança, apesar de não ser uma mensagem ouvida, mas tenham certeza é uma mensagem sentida.
Contando os fatos, lembro-me de uma frase do músico Charlie Parker, que dizia: “Se você não viver o jazz, ele não sai do seu instrumento musical.”.
Aproveitando, a deixa de Charlie, concluo: “Se a gente não viver a Medicina, ela não sairá de nossa alma, na cura, no soerguimento e após a morte que nos separa.”.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (25/06/2011)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Abebe Bikila, uma história de vida
A primeira pergunta que os caros leitores estão fazendo é o que um campeão olímpico etíope está fazendo em um blog que se destina a falar da construção de um templo de sonhos e textos através das palavras?
Com o decorrer do meu texto, eu os explicarei, mas antes falarei um pouco desse atleta que se encontra no pódio. Ninguém o conhecia, nos Jogos de Roma, em 1960, quando se juntava a outros 35 participantes da maratona. A vida lhe pregou muita indiferença, pois como um pobre negro vindo de um país africano pobre concorrendo com tantos outros fortes poderia ganhar uma maratona? E detalhe impressionate: ele correu tal maratona DESCALÇO, literalmente descalço.
Aos 28 anos, Abebe Bikila não tinha experiência internacional, mas seu corpo estava pronto para corridas de longa distância. Costumava treinar na região de sua aldeia, a quase 2500m acima do nível do mar, o que lhe dava resistência muscular e orgânica.
Chegando em Roma, ao visitar o trajeto que percorreria posteriormente na maratona, avistou "A coluna de Axum", monumento roubado da Etiópia pelas tropas italianas, então, decidiu que a partir dali ele daria a arrancada para a vitória.
E assim fez. Mesmo descalço, com muita garra e heroísmo, aquele atleta franzino desafiava o palpite e a indiferença de todos, sendo o primeiro atleta africano negro a ganhar uma medalha de ouro olímpica.
Conseguiu também a façanha de ganhar em 1964, a maratona de Tóquio, mesmo ainda se recuperando de uma cirurgia de apendicite e depois de enfrentar problemas de perseguição em seu país, acusado de um complô militar. Com tudo isso, tornou-se o único a vencer duas maratonas olímpicas.
Em março de 1969, o maior maratonista olímpico sofreu um acidente de automóvel e ficou paralítico. Com os poucos movimentos que lhe restaram , ainda tentou competir em arco e flecha. Morreu em outubro de 1973, aos 41 anos de idade.
Lendo a história de Abikila no livro de Odir Cunha, chamado "Sonhos mais que possíveis", descobri que esse atleta lutador apesar de não ter o dom da escrita, deixou-nos a sua própria história escrita em seus feitos, por isso que dedico em sua memória este espaço merecido para falar de um exemplo a ser seguido, um exemplo a ser escrito em nossas vidas, pois futuramente o mundo nos lerá...
Acompanhem a história de Abebe Abikila, neste vídeo abaixo e se emocione!
http://www.youtube.com/watch?v=9pp1bcSC__k
Reflitam!
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
Com o decorrer do meu texto, eu os explicarei, mas antes falarei um pouco desse atleta que se encontra no pódio. Ninguém o conhecia, nos Jogos de Roma, em 1960, quando se juntava a outros 35 participantes da maratona. A vida lhe pregou muita indiferença, pois como um pobre negro vindo de um país africano pobre concorrendo com tantos outros fortes poderia ganhar uma maratona? E detalhe impressionate: ele correu tal maratona DESCALÇO, literalmente descalço.
Aos 28 anos, Abebe Bikila não tinha experiência internacional, mas seu corpo estava pronto para corridas de longa distância. Costumava treinar na região de sua aldeia, a quase 2500m acima do nível do mar, o que lhe dava resistência muscular e orgânica.
Chegando em Roma, ao visitar o trajeto que percorreria posteriormente na maratona, avistou "A coluna de Axum", monumento roubado da Etiópia pelas tropas italianas, então, decidiu que a partir dali ele daria a arrancada para a vitória.
E assim fez. Mesmo descalço, com muita garra e heroísmo, aquele atleta franzino desafiava o palpite e a indiferença de todos, sendo o primeiro atleta africano negro a ganhar uma medalha de ouro olímpica.
Conseguiu também a façanha de ganhar em 1964, a maratona de Tóquio, mesmo ainda se recuperando de uma cirurgia de apendicite e depois de enfrentar problemas de perseguição em seu país, acusado de um complô militar. Com tudo isso, tornou-se o único a vencer duas maratonas olímpicas.
Em março de 1969, o maior maratonista olímpico sofreu um acidente de automóvel e ficou paralítico. Com os poucos movimentos que lhe restaram , ainda tentou competir em arco e flecha. Morreu em outubro de 1973, aos 41 anos de idade.
Lendo a história de Abikila no livro de Odir Cunha, chamado "Sonhos mais que possíveis", descobri que esse atleta lutador apesar de não ter o dom da escrita, deixou-nos a sua própria história escrita em seus feitos, por isso que dedico em sua memória este espaço merecido para falar de um exemplo a ser seguido, um exemplo a ser escrito em nossas vidas, pois futuramente o mundo nos lerá...
Acompanhem a história de Abebe Abikila, neste vídeo abaixo e se emocione!
http://www.youtube.com/watch?v=9pp1bcSC__k
Reflitam!
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Os dez pequenos grandes fatos
Um fato não pode ser medido com números matemáticos com relação ao seu impacto a uma pessoa. Um pequeno fato pode ser sinônimo para alguém "humano" que se utiliza de vários fatos no cotidiano como algo corriqueiro, insignificante, e que não perde a posição de ser grande, quando está em debate a sua grandeza em pertubar a mente de uma vida, por isso eu coloco à disposição de todos os dez pequenos grandes fatos, que constatei através das lentes dos meus óculos.
Vamos lá:
1) Estar no restaurante, já no finalzinho de uma refeição, existe apenas um pedacinho último do filet no seu prato, com o qual você já está fazendo planos como vai ser o último deguste. Então, inadvertidamente, o garçom pensando que você já teria terminado, tira-lhe essa alegria, e leva o prato para cozinha.
2) Estar em casa, na hora do almoço, a exatamente meio-dia, ao se colocar a primeira colher da santa refeição na boca, o telefone toca. Sabe quem é? O pessoal do telemarketing querendo vender cartão de crédito...
3) Em direção ao trabalho, andando em lugar aberto, com toda a beleza de uma linda natureza de árvores, mas no transcurso, ser bombardeado por um pombo que joga um míssil exatamente na sua roupa...
4) Na estrada em manutenção, onde existem vários siga e pare: já pensou quando o período é de "siga" e exatamente quando você está passando, o guarda manda você parar e esperar para que os outros passem em sentido contrário?
5)Encontrar no elevador com um morador do edifício com o seu cãozinho, o cara solta um pum em transcurso e ainda joga a culpa no coitado do cachorro e o pior é que a pessoa ter que ir acompanhando a cinética do pum com o olfato.
6) Estar resfriado, e na horinha de soltar um espirro, no ápice do "ah, ahh, ahhh..." falta-nos o "tiiiimmm", ou seja, o espirro é interrompido e depois não se tem mais vontade...
7) Ao banho, todo ensabuado, dar um problema na bomba de água do edifício e falta água...
8)Ir para uma festa, em que uma pessoa está vestindo exatamente a mesma camisa sua. O pior não é nem isso, é vestir preto e branco em um bar e ser confudido com o garçom...
9)Pingar cloridrato de nafazolina (Sorine) no olho pensando ser colírio.
10)Aguentar birra e mal-educação dos filhos dos outros e ainda ter que disfarçar com um "eita, que menino esperto" em vez de um "eita, pestinha"...
É, meus amigos, acho que os meus óculos andam vendo fatos demais. Quem sabe ao trocar o grau deles eu venha ver muitos outros fatos, e assim aumentar essa lista de dez para mil...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
Vamos lá:
1) Estar no restaurante, já no finalzinho de uma refeição, existe apenas um pedacinho último do filet no seu prato, com o qual você já está fazendo planos como vai ser o último deguste. Então, inadvertidamente, o garçom pensando que você já teria terminado, tira-lhe essa alegria, e leva o prato para cozinha.
2) Estar em casa, na hora do almoço, a exatamente meio-dia, ao se colocar a primeira colher da santa refeição na boca, o telefone toca. Sabe quem é? O pessoal do telemarketing querendo vender cartão de crédito...
3) Em direção ao trabalho, andando em lugar aberto, com toda a beleza de uma linda natureza de árvores, mas no transcurso, ser bombardeado por um pombo que joga um míssil exatamente na sua roupa...
4) Na estrada em manutenção, onde existem vários siga e pare: já pensou quando o período é de "siga" e exatamente quando você está passando, o guarda manda você parar e esperar para que os outros passem em sentido contrário?
5)Encontrar no elevador com um morador do edifício com o seu cãozinho, o cara solta um pum em transcurso e ainda joga a culpa no coitado do cachorro e o pior é que a pessoa ter que ir acompanhando a cinética do pum com o olfato.
6) Estar resfriado, e na horinha de soltar um espirro, no ápice do "ah, ahh, ahhh..." falta-nos o "tiiiimmm", ou seja, o espirro é interrompido e depois não se tem mais vontade...
7) Ao banho, todo ensabuado, dar um problema na bomba de água do edifício e falta água...
8)Ir para uma festa, em que uma pessoa está vestindo exatamente a mesma camisa sua. O pior não é nem isso, é vestir preto e branco em um bar e ser confudido com o garçom...
9)Pingar cloridrato de nafazolina (Sorine) no olho pensando ser colírio.
10)Aguentar birra e mal-educação dos filhos dos outros e ainda ter que disfarçar com um "eita, que menino esperto" em vez de um "eita, pestinha"...
É, meus amigos, acho que os meus óculos andam vendo fatos demais. Quem sabe ao trocar o grau deles eu venha ver muitos outros fatos, e assim aumentar essa lista de dez para mil...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
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