Debatendo o ato médico no plantão

Dando continuidade as nossas histórias médicas, vamos falar de um assunto polêmico que tem gerado muito alvoroço sem sentido. É sobre a regulamentação da profissão médica brasileira (o ato médico).

Estava no plantão, quando a nossa equipe teve a oportunidade de debater o projeto que será levado para apreciação da presidenta. Acredito que na vida é importantíssimo ouvir a outra parte, assim como se foi feito durante os doze anos de debates no Congresso, com a participação de todos os presidentes de conselhos da saúde, sobre essa importante lei.

Enfim, estavam presentes alguns amigos fisioterapêutas e médicos. Discutimos item por item da lei da regulamentação da Medicina. As dúvidas foram dirimidas, apesar de um início um pouco tenso. No final, a conclusão que não havia nada escrito na lei do ato médico que restringisse qualquer outra profissão da saúde.

Fiquei aliviado com aquele debate produtivo, pois o trabalho em equipe é muito importante, pois cada profissão tem a sua contribuição e utilidade para a sociedade.

Lutamos pela regulamentação da Medicina em lei, a única profissão da saúde que não é regulamentada. Seria pedir muito?

No final, do nosso debate, terminamos com a seguinte reflexão que o que todos os profissionais da saúde quer é o mesmo, o bem de nossos pacientes... Com certeza, foi um dia muito importante de minhas histórias médicas, por isso que estou tendo a honra de relatá-lo... Avante, rumo a aprovação da regulamentação da Medicina no Brasil!

Marco Valério

Mensagem aos colegas médicos

Uma rápida análise dos últimos acontecimentos

Amanheci, hoje, contente com as medidas tomadas pela classe médica frente às medidas nefastas dos governos com relação à saúde brasileira. Estamos unidos, a comunicação nas redes sociais está efetiva, conquistamos o primeiro "round" na aprovação de nossa profissão, estamos respondendo à altura ao pronunciamento da presidenta Dilma, com carta repúdio, elaborando um calendário das atividades, entre elas as manifestações nas ruas, articulação política e a futura paralisação nacional.

Estamos sabendo aproveitar o inconformismo geral da população e mostrando que a saúde está ruim não é por falta de médicos, mas pelo problema de gestão e da corrupção. E isso a população está começando a assimilar, percebendo o não compromisso do governo em resolver o real problema. Não podemos perder a cabeça, neste momento decisivo, devemos manter as estratégias planejadas nas redes sociais. Percebo que existe um clima de conscientização e de luta nunca antes vistos em nossa classe. 

Precisamos divulgar os nossos feitos à população, como por exemplo, divulgar a carta repúdio das entidades médicas em revistas nacionais de grande circulação, como a Veja, já que o editorial dessa revista é anti-governista.

Tudo está sendo muito importante. Sei que existem muitas barreiras a serem vencidas, muitos obstáculos injustos, mas fazendo uma análise estamos no caminho certo, estamos de parabéns. Parabéns a todos nós, vamos nos unir cada vez mais em nome da honra de nossa profissão. Forte abraço! Avante, guerreiros!!