segunda-feira, 23 de março de 2015

No barco que me acalma

Nas luzes da noite,
O barco se avista,
O vento em açoite
Bate na minha vista.

A reflexão me toca.
A imagem me envolve
E no coração estoca
A emoção que se dissolve.

O mar é meu amigo,
Confidente leal,
Ofereço-o ao inimigo
Para acabar com o mal.

Momento de ternura.
Não guardo rancor
Nem ódio, raiva que fura
O coração cheio de dor.

Dor que corroi a alma,
A mente incompreendida.
No barco que me acalma,
Eu encontrei a vida...

Texto e foto: Marco Valério






Nenhum comentário: