Nos momentos de dificuldades, abra um livro e veja a tática de sua vitória.
Não deixe que a luz da vela se apague, pois não conseguirá ler o final-feliz de sua história.
Se a história for muito longa, e tiver pressas em terminá-la, acalma-se! Curta cada parágrafo. Leia atentamente. Afinal, a gente não apenas ler o que gosta. Lemos também aquilo que não gostamos com equilíbrio e determinação.
Aproveite! Desfrute as leituras do Mundo! Construa o seu próprio romance! Porque por mais que se chore, não existem lágrimas suficientes para suprir a última oportunidade derramada.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
(escrito em 1996)
domingo, 27 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Da mão ao coração
Desejo-te sentir
Como a areia sente o mar.
Desejo-te sequestrar
E te encher com todas as defesas.
Desejo juntar infinitas estrelas
E me defrontar com uma única estrela.
Desejo somente a ti, princesa,
No aconchego de um paraíso,
Desejo entrar no teu sorriso
E, no teu batom, ser paciente.
Desejo fingir que sou gente,
Para encontrar um ombro discreto.
Desejo ser o amor náufrago secreto,
Para ser salvo pelos navios.
Desejo-te beijar os lábios
E ouvir os teus "uis".
Desejo-te ser a luz,
Para entrar nos teus olhos.
Desejo-te e te molho
Com as águas do moinho.
Desejo viver um sonhozinho,
Quando entrando em um teatro,
Desejo subir no palco,
E tu seres o meu "show".
Não desejo mais, eu devo...
Devo ser a palavra errada,
Para receber o teu acerto.
Devo perder o medo
E me erguer de um abismo profundo.
Devo conquistar o mundo,
Pois o mundo és tu.
Devo abrir novos tudos
E apagar velhos erros.
Devo ser o mineiro
E explorar a tua mina.
Devo escrever o porquê que não termina,
Porque tu és o porquê que me fascinas.
Eu não devo, eu posso...
Posso fazer, da ficção,
Algo mais que real.
Posso dar-te minha mão
Suja de tinta segurando uma caneta.
Posso fazer voar essa caneta num céu branco
E fazê-la aterrissar no teu coração.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
(poema escrito em 1996, publicado no Jornal do Centro Acadêmico de Medicina UFPB em 1999)
Como a areia sente o mar.
Desejo-te sequestrar
E te encher com todas as defesas.
Desejo juntar infinitas estrelas
E me defrontar com uma única estrela.
Desejo somente a ti, princesa,
No aconchego de um paraíso,
Desejo entrar no teu sorriso
E, no teu batom, ser paciente.
Desejo fingir que sou gente,
Para encontrar um ombro discreto.
Desejo ser o amor náufrago secreto,
Para ser salvo pelos navios.
Desejo-te beijar os lábios
E ouvir os teus "uis".
Desejo-te ser a luz,
Para entrar nos teus olhos.
Desejo-te e te molho
Com as águas do moinho.
Desejo viver um sonhozinho,
Quando entrando em um teatro,
Desejo subir no palco,
E tu seres o meu "show".
Não desejo mais, eu devo...
Devo ser a palavra errada,
Para receber o teu acerto.
Devo perder o medo
E me erguer de um abismo profundo.
Devo conquistar o mundo,
Pois o mundo és tu.
Devo abrir novos tudos
E apagar velhos erros.
Devo ser o mineiro
E explorar a tua mina.
Devo escrever o porquê que não termina,
Porque tu és o porquê que me fascinas.
Eu não devo, eu posso...
Posso fazer, da ficção,
Algo mais que real.
Posso dar-te minha mão
Suja de tinta segurando uma caneta.
Posso fazer voar essa caneta num céu branco
E fazê-la aterrissar no teu coração.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
(poema escrito em 1996, publicado no Jornal do Centro Acadêmico de Medicina UFPB em 1999)
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Passado
Voltando ao passado.
Encontrar soluções
Refletir situações já vistas
Revisar velhos erros,
Muitas vezes é preciso
Que para enfretar desafios
Eu insisto em dizer
Mas como sou teimoso,
E o que nunca passaria.
O que se passou
Por não viver
Eu seria um perdedor
Não passasse mais
Se tudo que passou
Presente
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
Encontrar soluções
Refletir situações já vistas
Revisar velhos erros,
Muitas vezes é preciso
Que para enfretar desafios
Eu insisto em dizer
Mas como sou teimoso,
E o que nunca passaria.
O que se passou
Por não viver
Eu seria um perdedor
Não passasse mais
Se tudo que passou
Presente
Calma! Eu não estou ficando doido... Experimente, partir do "Presente", lendo os versos do fim ao começo, para chegar ao "Passado". Assim você encontrará a solução para os seus problemas, bem como a elucidação deste poema.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
A erotomania na literatura: o que é isso?
É uma forma de erotismo extremamente mórbida. O indivíduo é levado por uma ideia fixa de amor e tudo nele gira em torno desta paixão, que domina e avassala os seus instantes. É hipérbole de amor platônico.
Ball define como um amor etéreo, ideal, puríssimo, absolutamente isento de qualquer desejo carnal, e o amante adora excessivamente a alma da mulher, distinguindo duas formas de erotômanos: uns tímidos e discretos; outros inoportunos e intransigentes.
A paixão surge apenas de um olhar, de um aceno, de um simples trejeito, vivendo de sonhos, guardando para si o segredo e a grandeza desse amor.
Um exemplo típico da erotomania nos é dado por Miguel de Cervantes de Saavedra, na figura do seu valente e engenhoso fidalgo de la Mancha - o Don Quixote, apaixonado perdidamente pela rústica e grosseira Dulcineia de Toboso, transformada pelos seus pobres olhos na mais linda e venturosa princesa. E o valoroso Cavaleiro da Triste Figura viveu toda a sua existência nessa paixão pura e desinteressada.
Outro caso de erotomania é o de um poeta de Pernambuco, descrito por Viveiros de Castro (in Atentados ao Pudor, Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 1943), que descreve um moço de talento, de regular instrução, poeta de fulgurante imaginação, chegando a receber a reverência da crônica de sua terra. Depois de alguns excessos de alcoolismo e onanismo, ficou convencido de que uma americana, muito linda e rica, o amava perdidamente. Falava dessa beleza e desse amor de uma forma pura e inocente, porém nunca se viu essa americana.
Segundo Esquirol, o erotômano é aquela pessoa de olhar vivo e apaixonado, que se esquece de si mesmo, dedicando-se ao objeto de seu amor um culto superior, secreto, sofrível e servil, contemplando uma perfeição, geralmente imaginável. Ele evita censuras, expõe-se ao ridículo público, tudo por um amor sedento e uma paixão incontrolável.
Esse relato é encontrado no livro do doutor Genival Veloso de França (Medicina Legal), o qual é rico pela grandeza de sua explicação, utilizando-se de uma linguagem poética para explicar com maestria esse transtorno da sexualidade, que já serviu para muitos e muitos escritores como forma de inspiração.
França, G. V. Medicina Legal- 8. ed.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
O que se apaga se paga
Da noite do dia 03 de fevereiro adentrando à madrugada do dia 04, deste ano, houve o apagão geral no nordeste brasileiro, gerando grandes transtornos econômicos, políticos e sociais.
Fico imaginando o quanto de produtos perecíveis que necessitam de armazenamento adequado e refrigerado, não se foram perdidos.
Os geradores de energias nos hospitais trabalharam muito, porém insuficientes para aguentar uma demanda alta de consumo de energia para alimentar aparelhos que servem para salvar vidas. Isso, creio eu, foi responsável por muitas mortes em nossas casas de saúde.
E a desordem correu solta, pois lendo pela internet hoje, já que não se havia jornal impresso pela manhã, pelo o apagão, ocorreram vários motins em presídios, assaltos nas ruas, enfim, uma total anarquia.
Esse fato não deve ser mais repetido em um país que sediará os jogos olímpicos e uma copa mundial de futebol.
A culpa de tudo isso? É de São Luiz Gonzaga. O santo? Não.
São Luiz Gonzaga é a substação onde houve oscilação de energia elétrica no município de Jatobá-PE, porém o nome foi herdado do santo do mesmo nome, São Luiz Gonzaga, padroeiro da juventude cristã.
Enquanto isso, o ministro Lobão deve está escapando de muitos caçadores e cassadores, pois é o lobo-mau desta história.
Bem, acho melhor parar por aqui, pois já estou com receio de ter neste exato momento um outro apagão e não poder enviar este texto...
Mas antes, só queria dizer que o que houve ontem foi uma vergonha para uma nação tão rica e ao mesmo tempo tão pobre, porém como já disse no título inicial: "O que se apaga se paga..."
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Uma lição
Em alguns momentos de nossas vidas, identificamos uma determinada ocasião ou um certo momento ou fato que nos inspira a uma reflexão.
Lembro-me de uma passagem de minha vida bastante significativa e gostaria de dividir essa minha experiência com alguém que por ventura me ler em algum precioso tempo vital.
Quando o meu pai era vivo, ele plantou um pé de cajá em um latão vazio de dezoito litros de tinta, com adubo, areia e barro, com o objetivo de um galho daquela árvore prosperar.
Todos os dias, ele aguava a planta, e eu acompanhava angustiadamente para ver logo o desenvolver da mesma. Só que tudo era muito lento e, em alguns momentos, eu pensei que a plantinha iria morrer.
Transcorreram uns dois meses, porém ela não se desenvolvia. Tirei uma pequena lasquinha dela e percebi que estava viva, pois estava verde.
A minha alegria ocorreu quando no seu caule começou a sair um tímido broto de um novo galho, para em seguida surgir pequeninas folhas verdes.
Mas minha ânsia continuava, porque queria ver o desenvolvimento rápido da mesma ou quem sabe colher os primeiros frutos.
Cinco meses se passaram e o seu desenvolvimento era discreto no latão. Aquela lição serviu para eu ter mais paciência diante as circunstâncias da vida, mas como sabemos, não basta ter apenas paciência, temos também que agir.
Em um determinado dia, meu pai teve a iniciativa de transportar a planta para o solo do muro de nossa casa. Sabe o que aconteceu?
Lembro-me de uma passagem de minha vida bastante significativa e gostaria de dividir essa minha experiência com alguém que por ventura me ler em algum precioso tempo vital.
Quando o meu pai era vivo, ele plantou um pé de cajá em um latão vazio de dezoito litros de tinta, com adubo, areia e barro, com o objetivo de um galho daquela árvore prosperar.
Todos os dias, ele aguava a planta, e eu acompanhava angustiadamente para ver logo o desenvolver da mesma. Só que tudo era muito lento e, em alguns momentos, eu pensei que a plantinha iria morrer.
Transcorreram uns dois meses, porém ela não se desenvolvia. Tirei uma pequena lasquinha dela e percebi que estava viva, pois estava verde.
A minha alegria ocorreu quando no seu caule começou a sair um tímido broto de um novo galho, para em seguida surgir pequeninas folhas verdes.
Mas minha ânsia continuava, porque queria ver o desenvolvimento rápido da mesma ou quem sabe colher os primeiros frutos.
Cinco meses se passaram e o seu desenvolvimento era discreto no latão. Aquela lição serviu para eu ter mais paciência diante as circunstâncias da vida, mas como sabemos, não basta ter apenas paciência, temos também que agir.
Em um determinado dia, meu pai teve a iniciativa de transportar a planta para o solo do muro de nossa casa. Sabe o que aconteceu?
A planta se desenvolveu plenamente... Quer lição mais linda que essa? Deixo que o leitor tire suas próprias conclusões plantando suas próprias lições...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
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