domingo, 6 de março de 2011

Um cinema em minha mente


O que você faria se tivesse de ir de um local a outro, para pegar, no seu destino, um ônibus? Você teria duas possibilidades: ir de trem ou ir correndo.
A primeira vista, a resposta seria "ir de trem", mas tem um detalhe, se você fosse de trem teria que aguardá-lo, pacientemente, na estação de Marcópolis e teria que torcer para que o ônibus atrasasse o seu horário para conseguir embarcá-lo.
Então, neste exato momento, vamos estreiar o nosso filme, cujos personagens principais são João Valente e a bela Vitória Celeste. O filme ocorre em uma cidade chamada Marcópolis, um promissor município que faz jus ao seu fundador.
No início do filme, João Valente se deparou com a pergunta inicial deste escrito. Sua missão era tentar pegar um ônibus a 15 km do local onde estava, para logo em seguida se dirigir ao aeroporto, onde encontraria a sua amada Vitória Celeste, que viajaria de avião para as Ilhas Valerianas. Ele tinha de entregar um presente para ela, pois eles estavam brigados e esse presente era alianças de noivado.
João Valente poderia se utilizar da paciência para aguardar o trem, que só chegaria depois de 30 min, porém ele teria que contar com a sorte do ônibus se atrasar para dar certo o seu plano. Teria que pensar rápido. Então optou por agir e saiu correndo como um louco.
Na sua corrida rente aos trilhos do trem, chegou a cair, o que lentificou a sua corrida. Na sua mente, vieram vários pensamentos negativos que ele não iria conseguir chegar no local previsto.
Estava bastante suado, dispneico e ansioso. Foi quando na tela de cinema de minha mente, lá vinha o trem, que passou por ele.
João Valente não desistia tão facilmente de seus planos e decidiu tentar um plano B, almejando chegar correndo à próxima estação de trem, na qual o trem ficaria parado por cerca de 10 min, para o embarque e desembarque dos passageiros. Nos seus cálculos, ele teria cerca de 14 min para chegar lá e 1 min para comprar o bilhete e pegar o trem.
Ele correu intensamente, para pegar o trem. Teria que contar com a sorte de o ônibus se atrasar. A sua mente falava:
_ O ônibus vai se atrasar, o trem vou alcançar e vou chegar lá...
E ele conseguiu pegar o trem. Agora só faltava agarrar o ônibus que lhe conduziria a sua amada, a bela Vitória Celeste.
O trem parou próximo a estação rodoviária. Ele corria intensamente... Chegando na rodoviária, dirigiu a palavra a um senhor, perguntando se o ônibus das 16h já tinha partido ao aeroporto.
O senhor disse:
_ Já foi, meu filho.
Neste momento, no cinema de minha mente, a platéia fez um ar de comoção, pena e descontentamento.
Mas João Valente não desistia tão facilmente, dirigiu-se ao local de vendas das passagens e se informou com o vendedor da empresa. Foi neste instante, em que ele descobriu que o ônibus tinha se atrasado e que ainda estava para chegar e que o ônibus que já tinha partido era o de 15:30.
No cinema, todos estavam ansiosos para descobrir como seria o final emocionante daquela história.
O ônibus das 16h chegou, ele tentou comprar a passagem, mas todos os lugares já estavam ocupados. E agora?

João ficou decepcionado, porém já que ele não poderia ir, pelo menos a sua encomenda poderia ser transportada pelo ônibus, pois ele tinha encontrado uma pessoa conhecida dele no ônibus.
Ele logo logo fez uma carta e mandou a pessoa entregar junto com o presente a sua amada. Uma música bem bonita surgia no cinema de minha mente, momento em que Vitória Celeste se encontrava no aeroporto, prestes a pegar o avião.
A pessoa portadora da encomenda que também conhecia Vitória, chegou em tempo e entregou-lhe o presente e a carta.
Ela abriu a carta que dizia:
"Meu amor, tive que decidir entre a paciência e o agir e decidi por correr ao seu encontro, porém no meio do caminho, os planos mudaram pois levei um tombo, tentando correr mais rápido que um trem, porém consegui pegá-lo em um outro momento. Fui teimoso em persistir em explicações de um ônibus que fora embora e descobri que ele não tinha ido, porém estava lotado, impedindo o meu encontro com você. Encontrei um anjo que lhe entregasse essas alianças e agora me encontro distante de você, porém ansioso em querer lhe dizer que a amo muito e que queria ser o Valente na Vitória do seu Céu" Ass.: João Valente
A plateia não se conteve em lágrimas, soluços de emoção, nesta passagem...
Vitória Celeste abriu a caixinha que estava enrolada em um papel branco com uma fita vermelha e viu as alianças e disse baixinho:
_ Ah, como eu queria que você estivesse aqui e me desse um abraço.
E só foi ela terminar de dizer essas palavras, João Valente estava logo atrás dela, como em um passe de mágica. Coisas de filme de minha mente, minha gente. Ele teve a sorte de pegar uma carona com um caminhoneiro na estrada, para ir de encontro a sua amada.
Os dois se abraçaram, e ela disse o seu sim a João. Na tela do cinema apareceu um "fim", que para mim, não era o fim mas o começo de reflexões ainda por vir.
A plateia aplaudiu o emocionante filme que passara no cinema de minha mente...


Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (06/03/2011)

4 comentários:

Vitória disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vitória disse...

Muito linda essa estória! Pena que certas coisas só acontecem em filmes! Sorte de Vitória Celeste...

Marco Valério G. B. Gonçalves disse...

Olá, Vitória, seja bem-vinda ao nosso Blog. Acho que não nos conhecemos. Vc está escrevendo de onde do Brasil? E quem lhe indicou o nosso Blog? Obrigado por achar o meu escrito interessante. Às vezes, apesar de os filmes serem fictícios, mas eles são a manifestação de nossos desejos e sonhos...

Vitória disse...
Este comentário foi removido pelo autor.