sexta-feira, 1 de abril de 2011
Simplesmente nós...
Admirado com tua linda pessoa, vi uma alma de luz no meu caminho, uma flor de exuberante perfume. E andarilho, como sou, convidei-te a andar comigo, e de mãos dadas seguíamos um caminho chamado amor.
O meu pensamento se esvaia, à medida que um acesso de loucura me dominava. Senti um afago no rosto. Os sentimentos contidos, pouco a pouco, libertos com a abolição da escravidão, que me dizia ser feio deixar a razão de lado; eles todos se soltavam.
E em completa harmonia, abraçamo-nos fortemente, tu me chamavas baixinho, e o meu nome saia como um sussuro de uma ave em seu ninho. Os grilos eram os nossos cantores. A lua cheia curiosa a nos olhar pela janela. Não havia estrelas no céu. Acho que elas fugiram para que as únicas estrelas da noite fôssemos nós.
Toquei a tua pele de mansinho, vi teus olhos se fechar. Apoderava-me de teus cabelos e recebia licença em teu sorriso. Depois, uma lágrima correu do teu olhar. Perguntei o que tinha sido aquilo. E tu me responderas que não era nada não, que era o destino da paixão.
Em meio a lençóis, a timidez se desprendia. A penumbra nos envolvia. A magia era indescritível. O relógio era eterno. Não existiam crimes em nosso mundo, muito menos culpados, porque éramos cúmplices dos nossos feitos em um lindo cenário.
Envolvidos pela maldade de um vinho, mergulhamos no céu e nos afogamos nas nuvens, voamos no mar e aterrissamos no infinito do horizonte.
Naquela noite, fazíamos parte de um romance, cujo o autor, nem eu mesmo sabia.Só sei que fechamos conjutamente o livro, que tinha como título: "Eu e tu, nós dois. Agora, simplesmente nós...".
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
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