terça-feira, 24 de abril de 2012

Saudade


Saudade, uma palavra.

Saudade, uma lembrança.

Saudade que me faz ter saudade

Saudade que me faz ter lembrança.




Na madrugada, eu sinto saudade

No trabalho, eu sinto saudade

Sentirei saudade na partida

E no aceno de um lenço à distância.



Saudade, eu sinto no coração,

Pela pessoa amada sem notícia,

Pelo ente que partiu e não disse adeus,

Pelos fatos vividos e que não voltam mais.



Saudade é  palavra que aperta

Sem apertar, é o vento que assopra

E que não faz ventilar.

É o peito que bate dizendo:"Saudade.".


Marco Valério










quarta-feira, 11 de abril de 2012

Médicos artistas



Venho através deste vídeo feito por mim divulgar o grupo  "Médicos artistas no Facebook", que é destinado aos amigos médicos e estudantes de Medicina.

Espero que tenham gostado da construção do vídeo. Tentei colocar uma empostação de voz que gerasse um sentimento de força positiva. 

Ao fim, coloco um suave jingle para terminar o vídeo, com a mensagem: "Médicos artistas: a sua sala de estar."

Abraços!!

Marco Valério

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Minhas tardes com Margueritte

Dica de filme

Excelente filme com filme com uma temática que envolve duas artes em uma: o gosto pela Literatura contada no cinema através deste maravilhoso filme.

Gérard Depardieu interpreta Germain, um sujeito rude, semianalfabeto, que vive de pequenos trabalhos num vilarejo francês. Certo dia, no parque, conhece Margueritte, uma simpática senhora apaixonada por livros (a nonagenária Gisèle Casadesus).

Os dois se tornam amigos, e a idosa passa a ler, em voz alta, capítulos de romances ao amigo. Graças à Literatura, Germain desperta para universos antes desconhecidos: o dos seus próprios sentimentos e o das miudezas da realidade.

Muito legall!!



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Feliz Páscoa!

_ Oi, eu sou o coelhinho da Páscoa. Eu vim aqui para lhe trazer uma mensagem, não vim trazer-lhe um ovo de Páscoa, já que eu sei que você já comeu muito chocolate...


_ Na Páscoa, comemora-se a ressurreição de Jesus após sua crucificação. É uma data muito importante tanto para os cristãos como para os judeus.


_ E eu fui escolhido, para ser o garoto-propaganda desta época, pois represento a fertilidade. Olha que legal!


_ Só gostaria de falar para as crianças que eu não ponho ovo, como muitos pensam. O ovo é o símbolo de uma nova vida, assim como a Páscoa...


_ Então, a todos vocês: "Uma feliz Páscoa com Jesus no coração!


Ass.: Coelhinho da Páscoa

O profissional que o mercado quer

Atualidades


Em recente reportagem da revista Istoé, edição de número 2211, de 30 de março deste ano, comentam-se as atribuições que um profissional deve ter mediante as transformações do mundo atual. Vamos listar os oito pontos citados na revista:

  1. Superformação: a formação no ensino superior será o básico. Pós-graduação, cursos técnicos, especializações, participações em seminários e workshops serão vitais para acompanhar as constantes mudanças.
  2. Multicultural: mais que falar outras línguas, o profissional que tiver viajado e interagido com pessoas de outras culturas será mais apreciado pelo mercado. Assim como ler, ouvir músicas novas, se informar e estar aberto ao novo e ao diferente.
  3. Útil e inovador: inovações que visam contribuir com o próximo, como um produto que auxilie comunidades carentes ou um serviço que diminua a burocracia de uma empresa, serão mais valorizadas.
  4. Pensar digitalmente: a vida acontece na frente do computador. Quem não souber usar ferramentas básicas de informática e de internet tende a fica excluído.
  5. Transdisciplinar: a capacidade de unir diferentes competências de áreas que aparentemente não se assemelham e dar um novo significado a elas ajudará a arejar a criatividade das empresas.
  6. Autoadministração: saber lidar com a burocracia do país e gerir as próprias contas vai ser uma questão de sobrevivência. Muitos brasileiros terão que aprender a se organizar com a aposentadoria, o plano de saúde, o transporte e os custos de alimentação.
  7. Empreendedorismo: o Brasil já é um dos campeões em empreendedorismo. O conceito, entretanto, deverá fazer parte da vida de todos, e não só dos que abrem uma empresa. Hoje, o líder empreendedor já é admirado e disputado no mercado.
  8. Competências emocionais: em um mundo cada vez mais informatizado, o capital humano fará toda a diferença. E isso significa saber lidar com o outro, ter uma boa comunicação, saber se colocar e ter um espírito cooperativo.

Essas são excelentes dicas contidas na revista já mencionada. Para terminar, vou colocar uma frase de Débora Rubin, no mesmo artigo:

"O mundo do trabalho vive sua maior transformação desde a Revolução Industrial e busca um novo tipo de pessoas. Agora o que vale mais é ter formação diversificada, ser versátil, autônomo, conectado e dono de um espírito empreendedor."

Pensem nisso!

Marco Valério
Acompanhem a matéria completa no site:

Antony van Leeuwenhoek


Antony van Leeuwenhoek viveu até os 91 anos, tendo nascido em 1632 e morrido em 1723. Essa longevidade, ainda que não fosse excepcional, não era pouco para alguém que vivesse naquela época, ou mesmo hoje.

Ele não era professor nem médico, e sim um pouco letrado dono de armarinho que não conhecia outra língua além do holandês natal. Seu primeiro trabalho escrito em 1673, descrevia a aparência do mofo comum, assim como o olho, o ferrão e a boca da abelha, vistos em seu microscópio.

Embora não tivesse boa formação, Leeuwenhoek era respeitado como homem de integridade entre os cidadãos de Delft. Ele examinava com as lentes do microscópio os mais disparatados objetos, como o cristalino de uma baleia, seu próprio esperma e o estrume de seu cavalo.

Teve na Carta 18 a descrição de vários de seus achados microscópicos, sendo reconhecido pela Sociedade Real.

Por que outros cientistas, que tiveram microscópios à disposição durante meio século, deixaram de distinguir a existência de criaturas invisíveis ao olho humano?

A resposta é bem simples: eles só examinavam um objeto, por minúsculo que fosse, possível de ser visto sem o auxílio do microscópio -fosse esse objeto um ovo de bicho-de-seda, fosse o olho de um piolho. Eles não cogitaram, como Leeuwenhoek, que podiam existir objetos de algum tipo em líquidos como água, sangue ou sêmen, invisíveis a olho nu.

Hoje podemos entender por que esse simples e sublime holandês, dono de armarinho, foi com muita justiça designado fundador da bacteriologia e da protozoologia por seu biógrafo, Clifford Dobell, e também por William Bullock, autor dos melhores livros de história da bacteriologia.

Mas ao morrer em 1723, Leeuwenhoek foi logo esquecido, não apenas pela Sociedade Real e pelo resto do mundo letrado, como também por seus próprios conterrâneos, seus concidadãos. Só o obelisco do túmulo dele em Delft, construído por sua devotada filha em 1745, nos lembra que esse homem realmente notável, em seus 91 férteis anos, descobriu um universo de criaturas vivas até então desconhecido.

Trinta e nove anos após a sua morte, um austríaco, Marc von Plenciz (1705-81), declarou abertamente que as doenças contagiosas eram causadas pelos animálculos de Leeuwenhoek.

Fonte: Friedman, M.; Friendland, G. W. As dez maiores descobertas da Medicina. São Paulo, Companhia do bolso, 1998.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Empreendendo os sonhos de vidas

Seja bem-vindo! Sente-se por favor!

Me diga o que te fez vires aqui!

Me conta a tua angústia e tua dor!

Me fale, pra eu ajudar a ti!



Sei que sofres com vindas e idas,

Atrás de saúde com sofreguidão.

A ciência me ensina a cuidar de vidas

E manter a alegria no teu coração.



Sou empreendedor de muitos sonhos,

No teu desânimo, sou companheiro

E a luz para teus olhos tristonhos

Que choram num escuro passageiro.



O meu Mestre é de grande ética,

Que me orienta para te salvar,

Utilizando-me da arte médica,

Pra fazer teu olhar de novo brilhar.



Marco Valério G. B. Gonçalves




domingo, 1 de abril de 2012

Polêmica na novela Avenida Brasil

A talentosa Heloísa Périssé interpretando a paraibana Monalisa



Nessa semana iniciou-se a novela Avenida Brasil, uma novela composta por um grande elenco, sem dúvidas.

Não sou adepto de novelas, mas assisti a alguns capítulos. Confesso que me encantei com algumas cenas, como por exemplo, da atriz Mel Maia que interpreta a Rita, que através da sutileza de seu sorriso nos proporcionou um contraste da alegria sua de vivenciar um casamento de brincadeirinha com o personagem Batata (Bernado Simões) com a tristeza de um lixão, local onde eles colhem material para reciclagem e garantir seus sustentos.

Por falar em tristeza, a mesma novela que me fez emocionar, fez-me ficar triste, pois a talentosa personagem Heloísa Périssé (Monalisa) interpreta uma paraibana que mora no Rio de Janeiro e mantém uma paixão por um jogador de futebol.

E qual é o motivo de minha tristeza? Explico: na novela, a Monalisa é tratada com total desprezo e discriminação por ser nordestina, em algumas cenas, é chamada com inferioridade de "Paraíba". Em outros momentos, alguns personagens fazem piadas de mau-gosto aos lugares e costumes paraibanos.

É uma pena! Não fico contrariado com o escritor da novela por isso, pois sei que na realidade isso tudo existe, fruto de uma concepção pobre e mesquinha de pessoas que se acham superiores. Por isso, como paraibano, e como um defensor da minha terra e de minha gente, sinto-me no direito de utilizar esse meio de comunicação (O Coração, versos e prosa) para denunciar a minha insatisfação, bem como do povo paraibano e nordestino, por tamanha falta de caráter das pessoas que desdenham do nosso ser, da nossa cultura, de nossa linguagem e de nossa integridade humana.

A Paraíba é um estado pobre é bem verdade, mas é um estado de gente lutadora, corajosa, de valor e de princípios. Ela é a terra de Augusto dos Anjos, de José Lins do Rego, de Ariano Suassuna e de tantos grandes e valentes paraibanos. Na mídia, só se atentam em mostrar o lado feio de nossa terra. Por que não mostram as nossas belezas naturais e exploram as nossas qualidades que são muitas.

Se o ilustre paraibano Assis Chateaubriand fosse vivo, esse homem que já foi o dono do maior conglomerado de mídia da América Latina, entre as décadas de 30 e 60, ao ver esse descaso todo com o povo paraibano, com certeza, ele também ficaria muito triste.

Espero que com o desenrolar da novela, o autor João Emanuel Carneiro utilize os seus escritos, para enfatizar que os personagens erraram em discriminar as pessoas nordestinas, porque se continuar do jeito que está, pode ter certeza que chuvas de ações judiciais vão cair, assim como milhares de televisores serão desligados por todos aqueles que não concordam com esse tratamento vil, grosseiro e discriminatório à nossa amada Paraíba.

Quer saber de uma coisa? E se me chamarem de "Paraíba", eu num tô nem aí. Afinal, tem tanto "Paraíba" dando de olé em muito "nêgo" por aí a fora...


Marco Valério


Uma conversa puxa outra...


Às 22h, estava comentando com o responsável do plantão administrativo do hospital, onde trabalho, sobre um paciente psiquiátrico, para ver se encontraríamos soluções para resolver da melhor forma possível a vida dele, até a conclusão do seu tratamento. Eu disse ao administrador:

_Temos que resolver como vai ser a permanência deste paciente psiquiátrico!!

Um colega médico que estava ao lado e ouviu a conversa, com alguns minutos depois, falou-me:

_ Marco, estava reparando você conversando e isso me fez lembrar de uma história que ocorreu comigo...

_ Qual foi a sua história- perguntei-lhe curioso.- e ele me respondeu:

_ Estava regulando os pacientes do SAMU, quando recebi uma chamada de uma comunidade muito perigosa da cidade, a mãe do rapaz, disse-me que o filho não tinha o juízo certo e que estava apresentando convulsões.

_ E aí o que ocorreu?- perguntei.

_ Tive que pedir escolta policial para a segurança dos colegas da ambulância adentrarem naquela localidade- o colega médico continuou com a conversa.- Então, liguei para polícia e disse:

_ Alô, aqui é do serviço de emergência médico, gostaria do apoio policial, para atender um paciente psiquiátrico na comunidade X!- o policial não entendeu bem as palavras e pediu para repetir e o colega médico repetiu:

_ É porque tem um paciente psiquiátrico lá na comunidade...

Só neste momento, o policial entendeu e disse:

_ Ah tá, agora entendi, é para pegar um doido na favela, né?!

Por essas e outras, uma conversa sempre puxa uma outra conversa e essa regra também é válida para as histórias médicas.

Marco Valério