_ Oi, querida!
_ Querida, nada... Por onde você andou?- pergunta a Vírgula.
_ Ah, estava no trabalho até esta hora, tive que fazer hora extra e depois bati o ponto.
_ Ah, é... (uma pausa enorme pairou no momento)-pois esse sempre foi o comportamento da Vírgula para depois iniciar o discurso que levaria minutos de sabatina, de questionamentos e de recados de ordem.
_ Querida,-interrompeu o Ponto- vamos colocar um ponto final nesta história!
Depois de alguns instantes, a Vírgula viu que os argumentos do Ponto foram convincentes e que todo aquele desconforto foi gerado por ciúmes descabidos, então, os dois fizeram as pazes e foram ao quarto e lá eles já não eram mais dois sinais de pontuações, eles eram um só, eles eram um ponto-e-vírgula, pois o que que o amor não faz?
O amor uniu assim a Vírgula ao Ponto, chegando ao ponto que o Ponto se enlaçou com a Vírgula, unindo-os no amor de um ponto-e-vírgula e ponto final.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
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