segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Como se defender de ataques verbais


Baseada nos princípios do Aikido, arte marcial que neutraliza o inimigo com a sua ação, devolvendo à paz do ambiente, o livro de Bárbara Berckhan nos mostra como defendermos de ataques verbais das pessoas em nosso cotidiano. Colocarei de forma resumida pequenos ataques advindos de pessoas que querem tirar a nossa paciência e os possíveis contra-ataques que podem ser utilizados, mas vale a pena ler o livro em sua íntegra. Vamos lá:

1)Neutralizando o agressor: responda com gestos

O objetivo: Permanecer em silêncio e responder ao ataque usando apenas a linguagem corporal.

Depois de ouvir o comentário, encare o agressor com os olhos arregalados, como se estivesse diante de um extraterrestre. Não pronuncie uma única palavra. Ou observe o oponente com curiosidade, como se estivesse avaliando um ser exótico.

Dicas de aplicação: não justifique seu comportamento, nem mesmo se o oponente mostrar sinais de estranhamento. Concentre-se no que estava fazendo antes de receber a agressão. Não se distraia nem gaste sua energia.

2) O desvio

O objetivo: não responder ao ataque, mas falar de um tema completamente diferente.

O ataque: "O que está acontecendo com você? Parece que anda com a cabeça nas nuvens, embora costumasse ser razoavelmente inteligente."

O desvio: "Já que falamos disso, você gosta de queijo magro? Eu acho a coisa mais sem graça do mundo..."

Dicas para aplicação: mude de assunto sem vacilar. Evite dar uma resposta que devolva o ataque. Quanto mais banal e trivial for o tema escolhido, melhor será o efeito.

Arte marcial Aikidô, que se baseia em imobilizar o inimigo aproveitando o golpe deferido pelo o oponente (analogia do livro as defesas verbais)


3) O comentário monossilábico

O objetivo: replicar ao ataque com poucas palavras.
O ataque: "Pelo visto há gente que trabalha aqui apenas por ter belas pernas..."
O comentário monossilábico (a resposta): "Não me diga". Outras formas de responder: "Ah...", "Que coisa!".

Dicas de aplicação: o comentário monossilábico é uma resposta mínima que tem a função de economizar energia.


4) Provérbio inadequado

O objetivo: responder com um provérbio totalmente fora do contexto.
O ataque: "Se você pensar um pouco, vai entender o que quero dizer."
O provérbio inadequado (a resposta): "Uma andorinha só não faz verão."

Dicas para aplicação: use um provérbio inadequado quando não estiver com vontade de ficar pensando sobre o ataque. Deixe que o agressor se perca em sua confusão.

5) A réplica desintoxicante

O objetivo: Identificar a palavra que o ofende e questionar o agressor sobre o significado dessa palavra.
O ataque: "Que grande besteira você fez!"
A réplica desintoxicante (a resposta): " O que você quer dizer com grande besteira?"

Dicas para aplicação: use a réplica desintoxicante quando o criticarem de forma pouco objetiva. Assim você conseguirá manter as palavras ofensivas a distância e dará ao agressor a oportunidade de argumentar com objetividade.

6) Ceda e consinta

O objetivo: o agressor luta para ter razão. Ceda, dê razão a ele. Informe-o de que está disposto a concordar com ele se isso o ajuda.

O ataque: "Você está louco!"
O consentimento (a resposta): "Se você se sente melhor ao dizer isso, lhe dou toda razão."

Dicas para aplicação: você pode colocar esta estratégia em prática quando estiver farto das agressões e da prepotência dos outros. Mas cuidado, só dê razão ao oponente se isso não prejudicar você de forma alguma.

7) A aprovação firme:

O objetivo: demonstrar ao agressor que você entende a postura dele mas quer se manter firme em seu ponto de vista.

Ex.: ataque: "Não pense muito, não deve ser tão difícil dizer sim."

A aprovação firme (a resposta): "Entendo perfeitamente que quer uma resposta rápida, mas preciso de mais um dia para refletir..."


Com essas dicas, você vai silenciar qualquer agressão verbal...


Outras formas de se defender

8) O elogio: 
Ataque: "Sendo assim tão sensível, você nunca vai alcançar o sucesso."
O elogio (a resposta): "Admiro profundamente seu conhecimento e sua sabedoria.
Dicas de aplicação: quanto mais você exagerar nos elogios, mais eficaz será o contra-ataque, colocando-o o adversário em um pedestal.

9) A constatação objetiva:
Ataque: "Você acaba de fazer a maior besteira que eu já vi na vida."
A constatação objetiva (a resposta): "Creio que você esperava um resultado diferente."

10) O confronto
O objetivo: ressaltar a ofensa, confrontar o agressor e exigir uma retratação.
O ataque: "Ligue seu cérebro antes de abrir a boca."
O confronto (o contra-ataque): "Este comentário me ofendeu. Estou aguardando um pedido de desculpas."
Dicas para aplicação: mude seu comportamento. Demonstre autoridade e aja com firmeza. O que importa aqui não é a resposta do agressor, mas o fato de você deixar claro que não admite ser tratado dessa forma.

11) Fale claro:
O objetivo: indicar o que o ofendeu ou incomodou. 
O ataque: "Suponho que isso exceda sua capacidade de compreensão."
Fale claro (contra-ataque): "Esse tipo de comentário não contribui para nada. Ele só ajuda a criar um clima de agressão."

12) Defina as regras do jogo:

O objetivo: sugerir ao interlocutor um tratamento mais cordial.
O ataque: "Sua forma de pensar é lamentável."
Defina as regras do jogo (a resposta): "Por favor, sejamos objetivos!"; "Não vamos nos desviar do tema da conversa."; "Gostaria de discutir esse assunto de forma breve e precisa, sem agressões pessoais. Podemos chegar a um acordo?"

Dicas para aplicação:se as agressões atrapalharem a conversa, é conveniente canalizá-la para temas mais construtivos, sobretudo se você pretende manter uma boa relação com o interlocutor no futuro.


Espero que tenham gostado das dicas desse maravilhoso livro. Nele, vocês encontrarão os detalhes que farão a diferença na arte de se esquivar de comentários invejosos, agressivos e que incomodam bastante. Com certeza, é uma ótima dica de leitura. Abraços!

Marco Valério



2 comentários:

Anônimo disse...

minha colega disse tu é pequena pra mim e eu sou maior do que tu o que eu posso fala pra ela e tabem ela disse que tinha namorado e eu que nem tenho ainda

Marco Valério G. B. Gonçalves disse...

Você pode perguntá-la o que é "pequena" para ela, tirando-a de tempo.