segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O desenho e a escrita


Decedi fazer um desenho: peguei um papel, tinta nankim e abri uma revista. Avistei uma modelo que em sua expressão corporal me dizia: "Me desenha!" e eu disse: "Claro.".

Fiz os primeiros esboços com grafite e em seguida continuava entre traços leves e pesados. Aos poucos as formas ganhavam vida. O olhar do desenho me flertava e eu me encantava de emoção, pois brincava um pouco de Deus, criando uma criatura.

Aos poucos fui colocando o jogo de sombras. Confesso que errei em um traço sutil no seio direito da imagem feminina. Então, fiz o que os grandes artistas teatrais fazem, a arte do improviso, e sorrateiramente disfarcei o erro com o prolongamento dos cabelos.

Fiz os contornos com a tinta nankim, utilizando os pinceis e o bico de pena, em alguns momentos, joguei até um hidrocor preto e no final admirei a criatura, mas queria mais e imaginei unir a escrita e o desenho; o desenho e a escrita em uma mesma arte. Ei-los!

E em ambos, assina-se um nome no seu canto inferior:

"Marco Valério"


Marco Valério G. B. Gonçalves.


Desenho por Marco Valério: "A mulher em revista."


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