domingo, 30 de janeiro de 2011

Domingo e Segunda

Diálogos entre dois personagens da semana:


_ Eu sou o domingo, o dia do descanso para muitos. Sou da paz e da tranquilidade, pois sou o responsável pelo sossego...


_ Eu sou a segunda-feira, sou corajosa como nunca, sou do trabalho, mando acordar todo o mundo para trabalhar...


A segunda é brava, o domingo é manso...


Uuhhhsssiiiiuuu! Triiiiiiiiimmmmmm!!


Ressono no domingo e me acordo na segunda...


Enquanto isso, diálogos vão surgindo em meus sonhos...




Marco Valério Gomes Batista Gonçalves

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sentimentos esparsos

Respiro o meu nome

Falo um sorriso

Cheiro palavras

Escrevo um olhar

Fotografo sentimentos

Choro o passado

Degusto o presente

Corro ao futuro

Me espelho no espelho

Me molho em um desejo

Contraceno em segredos

Me escondo em mistérios

Sigo com o tempo

Me aprofundo em circunstâncias

Leio lições desconexas

E o resumo da obra

São sentimentos esparsos

Conectados em um sentido

Chamado paixão.


Marco Valério Gomes Batista Gonçalves

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Então, estou lendo...

Decidi dar um passeio pela rua e durante o mesmo fiz uma brincadeira comigo mesmo: com os anúncios escritos nos lugares, eu teria que fazer o que eles me mandavam.

Vamos ao passeio!


Sai do meu apartamento e já na rua encontrei uma casa que tinha a placa "Cuidado com o cão", então passei na ponta dos pés em frente desta casa. Mais a frente encontrei um "Sorria você está sendo filmado", então eu abri um sorriso e mostrei todo o meu talento de ator ao ser filmado.


Continuando o passeio, vi um outdoor de uma palestra de motivação, o qual dizia "Você é especial", aí eu disse: "Eu sei disso, claro.". Passei em frente de um restaurante e vi um "Proibido fumar" e daí eu não fumo mesmo. Atravessei a rua e encontrei um "Homens trabalhando" e eu naquele momento também estava trabalhando como um jornalista em um passeio especial.


Cheguei à calçadinha da praia e recebo de uma senhora, um panfleto que dizia: "Jesus te ama" e eu O amo também.


A caminhada era longa, na esquina da rua, avistei uma placa de "Pare" e parei por cinco segundos. Na minha andança encontrei um vendedor de côcos que tinha os dizeres "Fiado só amanhã" na sua venda, então pensei comigo: "E o meu dinheiro pra comprar o seu côco também só amanhã.".


Estacionado havia um táxi na minha frente, que tinha um "Ligue táxi", então peguei o meu celular e liguei para o número que estava no táxi, quando uma moça me disse:


_Táxi para onde, senhor?


_Pra canto nenhum, eu só liguei porque o anúncio me mandou...


Ainda com o celular na mão, acabava de receber uma mensagem nele:" Oi, ainda não identificamos o pagamento da sua fatura vencida no dia 18" e muito menos eu.


Ainda, bem que neste passeio, não vi nenhuma mensagem ruim... Já pensou? Sabe o porquê?


Porque como a brincadeira era comigo mesmo, antes de escrever este texto, eu escrevi em minha agenda: "Crie uma história fantástica e depois a leia no melhor Blog da net!"


Então, estou lendo....


Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (25/01/2011)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


Tem um estorinha do Millôr, a qual mostra a utilização do recurso da repetição, em que ele repete várias vezes a palavra galinha, dando a ela bastante ênfase, fazendo assim vários pontos de ligação no texto em torno dela. Os recursos de repetição são a paráfrase (ao voltar a dizer o que já foi dito antes- utilizando expressões como isto é, ou seja, quer dizer), o paralelismo (unidades semânticas similares deve corresponder uma estrutura gramatical similar, não tendo um padrão gramatical rígido, ele tem uma ordem estilística-ex.: É conveniente chegares a tempo e trazeres o relatório pronto) e a repetição propriamente dita (vide texto abaixo), conforme já chamava à atenção para isso, Irandé Antunes em seu livro. A estorinha é a seguinte:

"A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse para o vendedor:
_Não presta!
Aí o vendedor olhou para ela e disse:
_ Também, madame, num exame assim nem a senhora passava!"

Millôr Fernandes

domingo, 23 de janeiro de 2011

Piada improvisada



A piada também não deixa de ser um gênero literário, pois faz parte da nossa cultura. Às vezes, no nosso cotidiano aproveitamos fatos interessantes para fazer um bom humor.

Eu vasculhando minhas fotografias passadas, econtrei esta, que mostra o Xamegão há uns 2 anos, a festa junina de minha Cajazeiras.

Naquele dia, aconteceu algo interessante. Estava eu, meu irmão, que também é médico e a minha família. Quando uma pessoa, que estava na festa popular, reconheceu meu irmão e começou uma entrevista sem fim. Passaram-se cinco, dez e quinze minutos. Ela falou de sua doença a meu irmão, da sua família. Enfim, as pessoas em algumas vezes pensam que médico é para servir a qualquer momento e que não tem momento de diversão. Foi quando notei que a pessoa queria fazer uma consulta ali naquele momento. O meu irmão sempre educado, disse-lhe para se falar depois no consultório que é o local adequado.

Depois de uns vinte minutos de conversa, notei que meu irmão estava já sem paciência. Foi quando surgiu uma briga perto onde nós estávamos, logo desmanchada pela polícia.

Aí, a mulher aproveitou aquela cena para disparar:

_Eh, a polícia tá boa mesma... Já ontem, um homem ia metendo uma garrafa de cerveja na cabeça do outro... Aí quando ia acontecendo o feito: -Paaahhh- a polícia pega no punho dele impedindo o pior...

Neste, momento, quem já não aguentava com aquela falação toda era eu. Foi quando disparei:

_ Senhora, eu também tenho uma história parecida. _ pensei rapidamente e criei uma estória, cujo objetivo era de uma forma engraçada passar a ideia que ela estava sendo incômoda. Então, continuei:

_ Pois, teve um São João, em um sítio aqui perto, em que um homem pegou uma garrafa de cachaça e ia largando em uma velhinha. Foi quando de repente:-Paaahhh!- neste momento fui interrompido por ela:

_ A polícia pegou no punho dele?

Eu disse:

_ Não! Pois num era que tinha um bêbedo atrás deste homem, segurou no seu punho e disse que não era pra quebrar a garrafa nãoooo, pois ainda havia um restinho da pinga...

Rapaz, a mulher olhou pra mim com cara de muitos inimigos e foi embora...

Depois, começamos a rir desta situação inusitada.


Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (23/01/2011)
Foto por Marco Valério 2008.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O último poema

Assim eu quereria o meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas

Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos

A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.


Manuel Bandeira

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Escrever



Escrever é uma atividade que se manifesta em gêneros particulares de textos, isto é, os textos não têm a mesma cara. Não têm o mesmo esquema de sequenciação, o mesmo conjunto de partes ou a mesma forma de distribuição dessas partes.


Uma carta, um requerimento, uma ata, uma declaração, um comentário, uma notícia, um aviso, por exemplo, não começam do mesmo modelo. Há esquemas típicos para cada um desses gêneros; uns mais flexíveis, outros mais rígidos. Por vezes, a criatividade do autor se expressa. exatamente, pela quebra desses esquemas típicos. o que, normalmente, acontece, sobretudo no âmbito da produção literária.


A verdade é que, fora da linguagem com função poética, não é usual que criemos nosso próprio modelo de texto. Como em outros domínios sociais, sujeitamo-nos aos esquemas convencionais, definidos institucionalmente e legitimados pela sua própria recorrência. Saber usá-los constitui uma exigência do mundo letrado em que circulamos; certamente, essa é a verdadeira competência que cabe à escola desenvolver.


Daí, a conveniência de se providenciar a entrada na escola de gêneros textuais diferentes, levando em consideração aqueles que, de fato, aparecem socialmente. Acabar-se-ia, assim, com aquela prática amorfa de escrever textos que parecem não pertencer a nenhum gênero reconhecível.


ANTUNES, I. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Uma homenagem a São Bento-PB


No dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade de São Bento-PB, há sempre uma grande festa lá, na Capital Mundial das Redes.
Faço esta homenagem, porque foi naquele município do sertão, de gente hospitaleira e acolhedora, de pessoas amigas e trabalhadoras, onde comecei a trabalhar como médico.
O momento registrado nessa fotografia era da minha despedida, uma festa oferecida na casa do amigo prefeito Jacy de Sousa, o nosso Galego de Sousa. Fiquei muito contente, pois ali estavam pessoas importantes da cidade: os vereadores, os secretários, os amigos da saúde, da educação, empresários, entre outros amigos...
Na foto, estou ao lado do prefeito, registrando os meus feitos médicos, durante o meu período lá, e logo depois, pedi aos presentes para declamar uma humilde poesia, que era mais ou menos assim:


Poesia de despedida à capital mundial das redes

(I)
Estou partindo daqui,

A terra mundial das redes,

São Bento da Paraíba,

Capital de quem tem sede

Pelo trabalho nos teares

Ou num caminhão Mercedes.



(II)
Saio com coração partido

Com alegria no meu peito

Pelos sonhos repartidos,

Concretizados ou refeitos,

Nas ações da Medicina

Que as cumpri com respeito.



(III)
Antes era um povoado,

Chamado de Cascavel,

Às margens do rio Piranhas,

Na imensidão do teu céu,

Brejo do Cruz era teu dono,

Mas perdeu este troféu.



(IV)
Um padre te nomeou

Com o nome de São Bento,

É um nome de muita fé,

Que continua no momento.

Até o nosso santo papa

Possui o nome de Bento.



(V)
Não se pode esquecer

Do luar do teu sertão,

Das festas maravilhosas,

Dos irmãos de coração.

Todos vistos em São Bento,

Com toda admiração.



(VI)
Tua gente trabalhadora

É um povo hospitaleiro.

As mulheres desta terra

Tem o sangue brasileiro.

A beleza feminina

Tem quentura do braseiro.



(VII)
Chegando neste lugar,

Vi uma bela arquitetura.

As motos em ziguezague

Na praça da prefeitura,

Os carros novos nas ruas

E a polícia na viatura.



(VIII)
Na ponte do São Bentinho,

Passei muitas vezes lá,

Com a equipe de trabalho,

Íamos todos trabalhar.

E, depois do fim do dia,

Mudava o Sol de lugar.



(IX)
Nunca ia imaginar

Que aqui trabalharia.

E é com satisfação

Que parto com alegria,

Pelos amigos que ouvem

Esta minha poesia.



(X)
Agradeço ao meu Deus

E a São Sebastião.

Agradeço aos são-bentenses

E digo com emoção:

Foi um prazer conhecê-los.

Levo vocês no coração.



Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
(médico e poeta)

São Bento, 31 de maio de 2006.
Foto por Rogério Paiva

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Agradecimentos pelas lindas mensagens sobre meu aniversário


Logo cedo, deparo-me com os primeiros parabéns, encontrados nos sites de relacionamentos da net, como é bom, não é? Inclusive fui presenteado com essa belíssima ilustração-arte acima do amigo Claudiomar Rolim do Blog "O último dos moicanos". Brigadão!
O primeiro telefone foi de minha mãe, que me cobriu de bençãos. Do meu irmão, recebi uma voz de emoção. Da minha família por telefone recebi carinho. Dos amigos recebi desejos de paz, vida longa, sucesso e prosperidade.
Emocionei-me com cada mensagem escrita, com cada mensagem falada, com cada mensagem, à distância, de oração. Estou muito feliz, neste momento, pois tenho a certeza de que não estou só, porque existem várias pessoas que acreditam em mim, as quais torcem por mim e me amam de verdade.
O meu muito obrigado a todos vocês! Abraço carinhoso!
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (19/01/2011)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Oração poética


Ó mestre, nesta minha oração, venho agradecer por todos os sorrisos que já foram-me dado, bem como por todas as lágrimas que me fizeram encontrar a superação e me tornaram mais forte.
Peço perdão dos meus pecados, pois serviram como lições-recados, para que eu não cometesse novos erros. Peço proteção minha e dos meus entes, dando-nos muitos anos de vida. Desejo muita paz para os meus amigos, bem como muita reflexão para meus amigos "distantes".

Livrai-nos de todos os males, de todas formas de calúnias e injustiças. Guiai-nos sempre pelo caminho da retidão. Dai-nos a maior fortuna que um ser humano pode ter: a saúde, para que depois de uma vida longa em terra, nós possamos desfrutar da vida eterna. Amém
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (18/01/2011)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Atenção! O leão do circo está solto!

Ao chegar do colégio, na minha infância, ia almoçar e logo assistir à tv. Gostava de ver o Chaves e outros desenhos animados interessantes.

E eu observava que alguns desenhos animados repetiam uma temática engraçada, que era a de um leão que fugia de um circo. Aí, ou através do rádio ou da tv no desenho, o locutor divulgava a fuga do leão:

_Atenção! Atenção! Acaba de fugir do circo um perigoso leão! Tenham muito cuidado...

Era mais ou menos assim. Eu achava o máximo. Depois, o leão aparecia na casa do personagem e ia se desenrolando a estória. Tinham determinados momentos, em que até imaginava que o leão estivesse dentro da minha casa, no meu mundo real ilusório infantil.

E a estória não pára por aqui não. Quando chegava um circo na minha cidade, lá no meu sertão paraibano, sempre, tinha a turma que dizia que o leão tinha fugido. Aí eu ficava apavorado (risos).

Hoje, nesta vida de gente grande. Percebo que aquilo que o locutor do desenho animado dizia era quase verdade, pois ao nosso redor no mundo animado atual não tem apenas "um" leão não, tem vários, prestes a nos devorar. E olha, que não é só leão não, tem também vaca, cobra, veado, hipopótamo, jacaré, bicho-preguiça, um verdadeiro zoológico animado.

E, para vocês, meus amigos leitores, eu tenho uma notícia importante:

_Atenção! Atenção! Acabam de fugir todos os bichos do Beto Carrero World para a sua cidade! E cuidem em acreditar se não o bicho vai pegar.

Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (17/01/2011)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mala e cuia (composição de Fábio Carneirinho, interpretada por Flávio José)

Na minha casa
Tá sobrando espaço
Guardei de mim um pedaço
E reservei só prá você
Na minha casa
Tá sobrando rede
Sobra torno na parede
E amor pra dar e vender
Na minha casa
Toda hora é hora
A gente ri a gente chora
A gente se diverte
E nesse flerte você botando
As unhas de fora
Nosso amor não demora
e logo acontece (bis)
Pode vir
De mala e cuia amor
Que eu não vou tá nem aí
Pro povo
Nosso amor tá cobiçado
E não vai ser maltratado
Por ninguém de novo (bis)

Hoje sai do plantão médico de 24h no ar, ao chegar no carro liguei o som e tava tocando essa linda música, que é uma poesia, pois com uma simplicidade enorme denota uma grandeza sem mensuração do amor desmedido de um cancioneiro-poeta para a mulher de seus sonhos.
Simplesmente, linda... E o bom é que dá vontade até de dançar esse forrozinho...



http://www.youtube.com/watch?v=pcN7iEMUHok&feature=related

Postado por Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (16/01/2011)

sábado, 15 de janeiro de 2011

A força do coração



Centenas de pessoas morrendo,

Pelas enchentes no sudeste.

Outras centenas perecendo

Pelas secas no nordeste

Vidas sem outras vidas,

Corpos sem documentação.

Inundações nas avenidas,

Terra rachada no sertão.

Duas histórias, duas situações

Que se unem por comoções

Comoções bem comovidas,

Em que irmão ajuda irmão,

Com a força que vem do coração.



Marco Valério Gomes Batista Gonçalves. (15/01/2011)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Estilística e gramática


A estilística é a parte dos estudos da linguagem que se preocupa com o estilo.
Entende-se por estilo o conjunto de processos que fazem da língua representativa por meio de exteriorização psíquica e apelo.
Estilística e Gramática- A compreensão deste conceito de estilo se fundamenta na lição de Charles Bally, segundo a qual o que cracteriza o estilo não é a oposição entre o individual e o coletivo, mas o contraste entre o emocional e o intelectivo. É neste sentido que diferem Estilística (que estuda a língua afetiva) e Gramática (que trabalha no campo da língua intelectiva).
Baralhá-las, de modo que a Estilística se "dissolva" na Gramática, é pôr em perigo duas importantes disciplinas por confundir os seus objetivos de estudo.
Uma não é a negação da outra, nem uma tem por missão destruir o que a outra, com orientação científica, tem podido construir. Ambas se completam no estudo dos processos do material de que o gênero humano se utiliza na exteriorização das ideias e sentimentos ou do conteúdo do pensamento designado.
Fonte: BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa.-37. ed. rev., ampl. e atual. conforme o novo Acordo Ortográfico.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
Postado por Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (14/01/2011).

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Crônica II: O e-mail resposta da amada ao matemático idoso


Oi, Titico, saudades de tu viu. Adorei a sua cartinha com aqueles numerozinhos todos. Olha, estou com muita saudades de vc, viu. Aki, todos os dias têm desfiles. Em vez em quando a gente pega um luauzinho.
Titico, estou precisando muito de sua ajuda, pois os meus cartões de créditos tão iguais aos caixas eletrônicos dos bancos no Brasil, no final-de-semana: todos estourados :(((((
Por isso, estou aguardando uma nova cartinha sua com um cartão novinho.
Ando comprando tb unas roupinhas novas aki, afinal ao lado de um homem de bem, deve ter uma mulher bem-vestida. Não é? :))))))))
Estou louca pra ti encontrar e pra falar como vc me fala, arrancar esse mal pela raiz quadrada de nóis dois. Que bonitinho.
Titico, eu tb estou de contagem pra receber de ti:
100 mil, 200 mil, ..., 900 mil, US$ 1 milhão, quer dizer um beijãooooooooo.......
Observation: Adorei o lance de minha Ferrari, na garagem... Beim, só não esquece de contratar o Gianecchini pra ser meu motorista.
Beijokas ;)))))))))))))))))))))))))
Bell
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (13/01/2011)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Crônica I: Carta apaixonada de um matemático idoso a sua amada




1 beijo, meu amor, tu 2´(dóis) o meu coração com tua ausência. 5ntente (se contente) estou escrevendo esta carta, mais contente estarei ao estar contigo.

Eu sou um pouco af8 (afoito). Tu sabes disso. Não 6e (sei se) estou sendo cafona com essas palavras, que escrevi por dica de um amigo que me disse:

_i9 (Inove) a sua relação, meu velho amigo! Faça algo diferente! Ele me disse também que não demonstrasse estar de 4 por ti, apesar de nossa cumplicidade que supera as 3 décadas de idade que nos separam.

Sei que esta viagem tua com tuas amigas a trabalho no Caribe te fará bem. Meu bem, não ligo para o que este povo invejoso fala, duvidando de nosso amor, e nunca te esqueças:

_7 (Se te) amo hoje, te amarei pro resto de minha vida... Estou em contagem regressiva para te ver:

_ 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 0. Beijos...



P.S.: Meu bem, não demore muito, pois um carro 0 Km te espera na garagem

Sr. Mathematico



Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (escrita em 2008)

Publicada na revista MarcORKUT.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Eu sou ausência


Sem sossegos,
Sem tranquilidades,
Cem preocupações,
Cem irritabilidades.
Se eu te falar,
Não me entenderás,
Se eu te escrever,
Tu lerás adversidades.


Cem lágrimas,
Cem lástimas,
Sem alegrias,
Sem fantasias,
Se eu te falar,
Não me compreenderás,
Se tu me veres,
Encontrarás fatalidades.


Sem cem, eu não sou 100.
Cem sem: eu sou ausência.



Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (11/01/2011)
Foto por Marco Valério, Recife, 2011.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Charlie Chaplin, o gênio

Charlie teve como o seu personagem mais famoso, o eterno Carlitos. É impressionante como um ser humano consegue passar uma mensagem através do jeitão desengonçado de um personagem fantástico.
Mesmo em período de guerras e de tristezas, ele fazia milhares e milhares de pessoas sorrirem e se emocionarem com cenas marcantes do cinema mudo. E esses sorrisos se ecoam até mesmo nos dias de hoje, através de nossas gargalhadas.
Ele era um espetáculo, pois tinha vários atributos (produtor, escritor, ator, dançarino, exímio jogador de xadrez), um verdadeiro gênio.
Olhando esta fotografia, vejo a grandeza da alma de uma pessoa iluminada, por isso, gostaria de aproveitar este momento, para dizer:
_Obrigado, Charlie, por ter deixado a sua alegria e sensibilidade para o mundo!
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (10/01/2011)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Psicose de um louco

Eu sou louco,

porque não sei se

a minha loucura existe,

ou se as outras pessoas

pensam que sou louco.

Só sei que sou muito louco

na loucura deste momento.

E este momento é louco?

Sim, pois os loucos não

agem com intenções, e, sim,

com a espontaneidade

de suas ações.


Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (escrito em 1996)

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mulher

Mulher, respiras saudades,
entre vinhos e músicas,
ausente de tua paixão que está presente
no inconsciente bêbedo desse amor.

Mulher, tu choras no ombro
de um homem que sustenta
lágrimas com gestos,
contornando uma dor.

Mulher, sorries mentiras,
que intrigam os espelhos,
admirados com tanta beleza,
quando despida de rancor.

Mulher, tu finges coragem
em dificuldades maiores,
necessitas de ajuda e procuras
pelo teu instinto de flor.

Mulher, diante todas as maravilhas,
te contrastas com os detalhes
de vestes, colares e
um batom de cor.

Mulher, o doce do paladar e
o amargo gostoso do veneno.
provoca experiências nunca vistas
pelo mais audacioso pensador.

Mulher, nas mãos, escondes
o coração e só o entregas
aos braços de um destino escolhido,
que não tem dono e nem tutor.

Mulher, o beijo te quer,
o desejo te ama
a vida nasceu para ti e
tu floriste teu próprio louvor.

Mulher, uma fala que engana
os ouvidos de quem a escuta,
soa leve, cheio de ternura
na imaginação fértil de um escritor-admirador.

Mulher, és o começo e o fim
do mundo, pois sem tua presença
os inícios ficam mais próximos
dos términos de vidas, para compor.



Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (escrito no ano 1996)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CODINOME BEIJA-FLOR (Reinaldo Arias/ Cazuza/ Ezequiel Neves)


Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor (nunca)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

(Ed. Sigem)



Em 31 de julho de 1985, logo depois de deixar o grupo Barão Vermelho, Cazuza foi internado com febre alta e convulsões, no Hospital São Lucas. O primeiro diagnóstico revelou mononucleose, posteriormente ratificado como infecção bacteriana. O teste para HIV deu negativo. aconteciam festas diárias nos dois apartamentos alugados pelos pais de Cazuza no São Lucas: amigos entrando e saindo. Ezequiel Neves estava sempre junto, e foram os beija-flores que rondavam pela janela do quarto de Cazuza no hospital a inspiração para ele fazer a canção Codinome Beija-flor, uma das mais líricas de seu repertório. Cazuza pediu para que se colocassem vidros com água e açúcar para que os beija-flores viessem e cantassem para ele.


Fonte: ARAUJO, L. Preciso dizer que te amo. Texto: ESCHEVERRIA, R.-São Paulo: Globo, 2001.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Do vinho para a água

(I)
Encontrei este cachorrinho,

Na terra quente ao meio-dia.

Uma reflexão no meu caminho:

Seu olhar não era de alegria.

Abandonado sem carinho,

Com fome e sem moradia.


(II)
Triste, as orelhas caídas

Refletiam na face sua alma.

“_ Não existem outras saídas.”

-Ele devia pensar com calma.

Suas vias aéreas ocluídas

Pelo destino de sua palma.


(III)
No chão, havia rastro de carro,

Cacos de telha, folhas toscas,

Gravetos deitados no barro.

Sua vida entregou às moscas.

Do bom vinho pra água em jarro,

Nossas vidas se tornam foscas.



Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (06/01/2011)
Foto por Marco Valério, 2007.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Homero


Nascimento: Século VIII a. C.

Estilo e gênero: Poeta épico grego cujos trabalhos celebravam eventos míticos e heroicos, com atenção especial à aristocracia. Utilizava um dialeto poético artificial, fraseologia repetida e cenas, dando destaque aos discursos e a extensas comparações.

Principais obras: Poesia - Ilíada, século VIII a.C., Odisséia, c.700a.C.

Os antigos gregos chamavam Homero como "O Poeta". Ele pertence ao mais alto escalão da literatura ocidental e a sua poesia revela uma compreensão da natureza humana raramente igualada e jamais suplantada.

Os detalhes sobre a vida de Homero foram recolhidos de trechos supostamente autorreferenciais de seus poemas.

A lenda a respeito da cegueira de Homero deriva de sua própria descrição de um bardo cego chamado Demódoco.

Mais tarde, os gregos atribuíram a Homero vários poemas antigos, mas apenas dois- Ilíada e Odisséia- podem ser verdadeiramnete descritos como homéricos. Não importa se ambos foram compostos ou não pelo mesmo autor - eles pertencem à mesma tradição de poesia oral e se destacam de outros exemplares da primitiva poesia épica grega em termos de qualidade e tamanho.

A Ilíada, ambientada durante o décimo e último ano da mítica Guerra de Troia, traça as consequências complicadas de uma desavença entre Aquiles e Agamenon, dois dos comandantes gregos no cerco de Troia.

A Odisseia, que se passa depois da queda de Troia, conta a árdua viagem de volta ao lar de outro herói grego, Odisseu (Ulisses, na versão latina), e sua luta para se restabelecer como rei de Ítaca.

Os dois poemas chamam atenção pelo domínio narrativo, pelo brilho retórico de suas falas e pela sensibilidade à amplidão das experiências humanas.


FONTE:PATRICK, J.501 grandes escritores.-Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que me faz feliz

Vou fazer uma lista de situações que me fazem feliz. Pego uma caneta e papel. E deixarei que a escrita flua como um mergulhar gostoso em uma piscina, como o deguste de um sorvete de chocolate, como o deleite de um beijo úmido apaixonado, como um abraço de um amigo que há muito tempo não se via.

Vou começar. O que me faz feliz é viver igual à tranquilidade de um idoso na cadeira de balanço. É o descansar em uma rede em uma varanda. É olhar a lua bonita e faceira em um céu com estrelas que me flertam. Felicidade é a sabedoria dos cabelos brancos de nossos mestres, que nos ensinam que estamos em eterno aprendizado.

Felicidade é fazer poesia na madrugada. É se agarrar em um cobertor em tempo frio em dia de feriado. É receber um bom-dia alegre. É ouvir uma música que nos emociona. Felicidade também são as bençãos de nossos pais. É se exercitar fisicamente e depois tomar um banho de alívio.

Uma água de côco, um suco de fruta preferida, um elogio recebido no trabalho, uma mensagem recebida de incentivo, o ar puro que se respira, o verde de uma vegetação, o azul celeste que nos encanta, uma leitura de um bom livro, assistir a um programa instrutivo de televisão, amar e ser amado, viver com o apoio de uma família próspera, cortar os cabelos antes de uma festa, alegrar-se com um sorriso de uma criança. Isso tudo é felicidade.

Escrever a palavra felicidade é fácil. Também é fácil sentir a felicidade ao lembrar das brincadeiras divertidas da infância, da conquista de se equilibrar em uma bicicleta, dos passeios que aliviaram a mente. Felicidade é um sono tranquilo e revigorante, é uma meditação em ambiente calmo, é receber um telefonema para saberem como se estar, são boas conversas com amigos, é fazer preces de agradecimento a Deus, é sentir o vento de uma praia, sentindo ao mesmo tempo a areia nos pés e ouvindo os cânticos do mar, com uma visão privilegiada da natureza.

Felicidade também é a tecnologia que facilita a nossa vida, é comprar o que realmente se necessita, é receber um salário justo pelo suor derramado, é ser valorizado sem se ter interesse, é tocar carinhosamente em um cachorrinho, é receber um carinho de namorada.

Felicidade é viver com amor infinito. É ser feliz consigo, e ajudar as outras pessoas a escreverem as suas próprias listas de felicidades...


Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (escrito em 04/01/2011)