sábado, 8 de janeiro de 2011

Mulher

Mulher, respiras saudades,
entre vinhos e músicas,
ausente de tua paixão que está presente
no inconsciente bêbedo desse amor.

Mulher, tu choras no ombro
de um homem que sustenta
lágrimas com gestos,
contornando uma dor.

Mulher, sorries mentiras,
que intrigam os espelhos,
admirados com tanta beleza,
quando despida de rancor.

Mulher, tu finges coragem
em dificuldades maiores,
necessitas de ajuda e procuras
pelo teu instinto de flor.

Mulher, diante todas as maravilhas,
te contrastas com os detalhes
de vestes, colares e
um batom de cor.

Mulher, o doce do paladar e
o amargo gostoso do veneno.
provoca experiências nunca vistas
pelo mais audacioso pensador.

Mulher, nas mãos, escondes
o coração e só o entregas
aos braços de um destino escolhido,
que não tem dono e nem tutor.

Mulher, o beijo te quer,
o desejo te ama
a vida nasceu para ti e
tu floriste teu próprio louvor.

Mulher, uma fala que engana
os ouvidos de quem a escuta,
soa leve, cheio de ternura
na imaginação fértil de um escritor-admirador.

Mulher, és o começo e o fim
do mundo, pois sem tua presença
os inícios ficam mais próximos
dos términos de vidas, para compor.



Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (escrito no ano 1996)

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