Assisti ao filme "O palhaço", de direção de Selton Mello, no ano passado. Uma bela estória foi protagonizada na tela do cinema. Selton faz o papel do palhaço Pangaré e junto com o ator Paulo José (o palhaço Puro-Sangue) elaboram uma trama que envolve alegria e tristeza, pois estabelece uma reflexão: o palhaço faz os outros sorrirem e quem vai fazê-lo sorrir?
Fazendo uma comparação com a Literatura, estabelece-se no palhaço Pangaré uma crise existencial em busca de uma identidade, para resolver a angústia interior e dar sentido a sua vida.
O filme brasileiro é marcado por cenas que envolvem todo um sentimentalismo nas feições e expressões corporais dos personagens, ao som de músicas lindas antigas nacionais.
Em alguns momentos, lembrando até passagens bíblicas como a volta do filho pródigo, passagem em que o palhaço Pangaré, cujo nome do personagem era Benjamin, após passar um tempo procurando por outros empregos, volta ao circo, pois viu que sua real vida era fazer as pessoas felizes como palhaço.
O filme dar ênfase a vários simbolismos, por exemplo, a valorização da família circense, a busca por nossos objetivos que façam ventilar as nossas preocupações (representado pelo ventilador que Benjamin tanto pensava em comprar).
Enfim, um excelente filme para se locar e assitir no conforto de casa. Agora, quando alguém lhe chamar de palhaço, não fique com raiva não, pois se for uma menção ao filme, a pessoa estará lhe elogiando.
Marco Valério Gomes B. Gonçalves.
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