sábado, 31 de dezembro de 2011
_ Amor para todos, então!
A grande qualidade do ser humano é a busca pela excelência, que estabelece em nós a necessidade de estarmos sempre procurando o melhor em nossos feitos e atitudes.
A conquista de vitórias só é possível pelo aprimoramento de nossas qualidades e correção de nossas falhas, sendo assim se ver a necessidade da excelência no crescimento da mente, do corpo e da alma.
Hoje, é dia de refletir sobre tudo isso. É dia de pegar uma cardeneta e colocar os pontos que deram certos e errados. Nos itens promissores, deve-se fazer a estratégia de melhorá-los ainda mais, já nos que não foram cordiais, no papel, devem constar soluções práticas, visando à superação das lágrimas tristes que se passaram.
Estamos no último dia do ano, tempo final de analisar o passado pensando no futuro do próximo ano. Se tivesse de resumir em uma só palavra um sentimento que pudesse se espalhar pelo mundo entre todos os povos, de uma forma contínua e homogênea, neste momento. Esse sentimento seria o amor:
_Amor para todos, então!
Marco Valério G. B. Gonçalves.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Regionalismo linguistico: interpretando o "nordestinês"
"E o domador Sansão emburaca rapidinho, manda uma tuia de cachorro vira-lata pular por riba de um balde, atravessar um bambolê, ficar de pé e acaba também." (texto: O globo da morte no circo de lona furada)
emburaca: entra abruptamente (penetra de repente no "buraco")
tuia: porção
riba: cima ( do latim, "ripa" =margem elevada)
"Anda de lotação, trem, metrô, sopa, bigu, camburão, bicicleta, boléia de caminhão, carroça, ambulância ou de pés." (texto: Vida dura não é mole)
lotação: tipo de transporte coletivo no qual só pode viajar sentado.
sopa: ônibus *
bigu: carona (termo originado de duas palavras inglesas: os americanos, acampados em Recife e em Natal durante a Segunda Guerra Mundial, pediam carona aos jipes dos colegas passantes diezendo "Be good!")
de pés: a pé
"Eu sei que ficou uma ladainha renitente da bexiga, um zum-zum-zum arretado, um balaio-de-gato da gota serena e um fuzuê do créu na frente lá de casa. Meia dúzia de menino greiando, todo mundo querendo acordar o padre, a futriqueira ligando pra delegacia e Zé Bigode de Bode, chapado, chamegando a vitalina.
Quando dei fé Biazinha de Dona Deda (só de safadeza) desembestou a fazer esparro pra dar um estremilique (um piti). Arrevirava o ôio (feito máquina de jogo), se tremia toda (feito jipe na banguela), suava a testa (feito chaleira no fogo) e rodava o braço (feito folha de coqueiro quando tá ventando)." (texto: O marciano do planeta Camisa-de-Vênus)
ladainha renitente da bexiga: conversa muito repetitiva, "bexiga": varíola
um zum-zum-zum arretado: um grande falatório
um balaio de gato da gota serena: Uma bagunça enorme ("gota serena"= amaurose, doença do nervo óptico que causa cegueira)
um fuzuê do créu: uma grande confusão
futriqueira: fofoqueira
chapado: bêbedo
chamegando a vitalina: flertando a solteirona
dei fé: percebi
desembestou a fazer esparro: começou a exagerar
estremilique (piti): estremecimento (um chilique)
O livro é bastante interessante, uma expressão bastante utilizada principalmente pelo povo nordestino do sertão é "Vôte!", que é usada quando alguém tem uma surpresa desagradável, através da obra do autor fiquei sabendo que a origem de tal expressão é derivada do nome de Louis Léger Vautier, engenheiro francês que construiu o Teatro de Santa Isabel, em Recife, considerado chato pela população local. Então, o Vautier passou a ser enternizado em um:
_Vôte!
Marco Valério
Fonte: Arruda, G. Deu com a pleura!- Matutices da cidade grande, Zit editora, 2008.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Chegamos ao número 5000!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
A Chita não era Chita, era Chito...
Morreu no estado da Flórida, nos Estados Unidos, aos 81 anos de idade, no último dia 24 de dezembro, a macaca Chita da série de filmes das aventuras de Tarzan, baseados na obra do escritor Edgar Rice Burroughs (1875-1950).
Algumas curiosidades sobre a Chita:
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Fico pensando...
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Olha as novidades, aí!
Daqui a alguns dias, estarão para chegar as novas notas de dez e de vinte reais, as quais evidenciarão aquelas faces tristes e sem graça desenhadas, mas tais notas,quando unidas às de cinquenta e às de cem e presentes em nosso bolso, tornam-se as beldades mais lindas, bem como tornam as nossas faces mais alegres. Então, aguardem, a mega-sena vem aí!
Mudando um pouco de assunto, o governo federal lançou o programa de saúde "Médicos perto de você". Ultimamente, já sinto os primeiros resultados desse programa, pois, como médico, já me sinto mais perto de mim, porém mais distante de reais condições de trabalho, de valorização profissional e de melhorias reais para a população.
Neste período de final-de-ano, existe uma crença de associar a cor das vestes ao que você prentende alcançar no próximo ano, por exemplo, o vermelho é para quem quer paixão, o dourado para quem quer dinheiro, o branco para quem quer paz. Eu finco pensando com os botões do meu lap top, qual será a cor que os funcionários públicos do Brasil vão vestir neste reveillon? É, a coisa tá preta! Novas leis estão tramitando no Congresso e não são das melhores...
Mas vamos esquecer as notícias ruins, pois tudo na vida tem o seu lado positivo, por isso para quem está com problema de autoestima, com alguns quilinhos a mais ou a menos e que não está contente com o visual, não se preocupe não, inspire-se no Neymar, um cara feio, magro, sem graça e as meninas são tudo afim dele. Isso tudo é pelo seu talento.
Para encerrar, desejo a todos vocês meus amigos muita paz, muita saúde, muito dim dim no bolso e muito talento para driblar os problemas da vida! Feliz 2012!
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
domingo, 25 de dezembro de 2011
Que delícia!
Delícia, delícia
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
O Natal
Passagens cotidianas
Fui ontem ao shopping, comprar alguns presentes. Encontrei um vendedor da praça de alimentação e lhe cumprimentei:
_ Tudo bem? Aí, ele me respondeu:
_ É tá... Só não tá melhor, porque acabei de saber que o dono do shopping vai abrir suas dependências no dia 25 de dezembro e no dia 1o. de janeiro.
Aí, eu lhe disse:
_ Rapaz, e eu que vou dar plantão médico de 24h no Natal e no ano.
O rapaz me interrogou:
_ O senhor é médico, né?
_Sim.
Ele olhou para mim e retrucou:
_ É pelo menos o senhor já sabia que iria dar plantão, já eu fui pego de surpresa...
Respondi-lhe:
_ É verdade, mas que pelo menos essa minha história sirva para amenizar o seu sofrimento e indignação.
Ele sorriu.
Marco Valério
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
CHARLES DICKENS
Ele nasceu em 1812 e viveu por 58 anos. Foi um dos primeiros escritores a ter reconhecimento internacional. A sua vida foi marcada por muitas dificuldades. O seu pai chegou a ser preso por dívidas, fazendo com que Charles fosse trabalhar para ajudar a família em uma fábrica de graxa, onde a sua função era colocar etiquetas em vidro, ato esse que passou a ser mencionado em seus escritos, mesmo que fosse rapidamente, envolvendo outros personagens.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Uma árvore no meu caminho
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Uma vida 3 por 2
Em uma vida 3 por 2, os espaços são delimitados por livros, a diversão sentenciada por estudo, a escolha promovida pelo sonho, o esforço traduzido em recompensa, as lágrimas detidas em sonhos pelas madrugadas.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
O desenho e a escrita
Decedi fazer um desenho: peguei um papel, tinta nankim e abri uma revista. Avistei uma modelo que em sua expressão corporal me dizia: "Me desenha!" e eu disse: "Claro.".
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Papiros hipnóticos
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
A verdade da verdade, sem mentiras
domingo, 13 de novembro de 2011
Um jovem chamado Diploma
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
O Ponto & Vírgula
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Meu Brasil
Vejo também a violência de tuas ruas, sobre a qual já se estão tomando providências, mas providências que não passam de poucas evidências. A tua justiça é excepcional, Têmis, a deusa mitológica que equilibra a razão e o julgamento, já disse mil vezes que a balança atual de suas mãos tem que passar por uma análise no Inmetro.
domingo, 6 de novembro de 2011
A médica e a rosa
hospitais mais movimentados da região, uma médica com suas olheiras de cansaço,
portando no pescoço seu estetoscópio e no ante-braço esquerdo seu
jaleco branco, adentra na sala de estar e avista a sua filhinha de cinco anos
de idade.
A filhinha em um gesto sublime e infantil se dirige à mãe, escondendo
algo atrás do dorso em uma das mãos e diz:
_ Mamãe, tenho algo para lhe dar com todo o meu coração.
_ E o que é, filha?- a mãe surpresa pergunta à garotinha.
Então, em outro gesto sublime e harmonioso, a garotinha entrega uma linda rosa vermelha à mãe, que ficou bastante feliz com aquele mimo infantil.
E, inesperadamente, a lindinha disparou:
_ Mamãe, sabe que quando eu crescer eu vou ser médica.
_ Ótimo, só assim você vai ajudar a salvar um montão de pessoas, né?- responde
a mãe entusiasmada.
_ Sim.- responde o pingo de gente.
A mãe-médica ou a médica-mãe, como queiram, olhou bem para sua cria e disse:
_ Bem, se você quer ser médica, então vamos cuidar dessa rosa, para
que ela viva um pouco mais!- logo em seguida a mãe orientou a menina a
colocar a rosa em um pequeno jarro com água.
_ Na água, ela não vai murchar né, mamãe?
_ Filha, as rosas são como as pessoas, em algum dia, elas vão murchar,
porém, quando cuidamos delas, apesar delas murcharem, os seus perfumes
sempre ficarão em nossas mãos- neste momento, a filhinha fez uma face
de dúvida:
_ E quem colocou perfume nas rosas, foi o Papai do Céu, não foi?- neste mesmo
instante, a menina se feriu com um dos espinhos da rosa que estava no vaso com água, ao tentar sentir o perfume dela e liberou dos
seus pulmões um contido "ai" de dor passageira.
_ Eita, filha, doeu muito?
_ Um pouquinho só, mamãe.
_ Mas, voltando a sua pergunta, sim, foi o Papai do Céu que colocou perfume nas rosas. Ele nos ensinou que para sentirmos os perfumes das rosas, temos que nos
furarmos com seus espinhos, em algum momento de nossas vidas.- as duas começaram a rir.
Logo após, a mãe se dirigiu ao quarto, para descansar após cansativo plantão e a
filhinha foi brincar com seus sonhos e na sua imaginação estava presente na mente a estória de ela ser, naquele instante, uma garotinha-médica que dava
mais vida a uma rosa que ela tinha colocado há poucos minutos no vaso, uma rosa tão linda que tinha recebido daquela bela criança o nome de
Vida.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
domingo, 30 de outubro de 2011
Qual é a origem de tantos problemas em nosso país?
Por onde andamos, a conversa é uma só: o nosso país está virando de cabeça para baixo. Greves e mais greves, violência atraindo mais violência, vemos o mundo pelas lentes da televisão, pelas palavras dos blogs e, ainda, temos tempo para nos perguntar qual é a origem de tantos problemas em nosso país.
Problemas esses que se estendem também a nossa vida médica. São tantos, não são mesmos? Mas para enfrentá-los, tenho uma boa notícia, que diz que para enfrentar os problemas é preciso cortar o mal pelo seu início, pela sua origem, pela sua fonte, pela sua primeira letra eme antes de pronunciá-lo.
Todos os problemas se relacionam como em um jogo de ligar palavras, ao meu ver, a três palavras (política, economia, moralidade), porque para vivermos em um mundo melhor é preciso sermos bem comandados, com políticas de bem-estar para todos. Muitas vezes, deparamo-nos com a famosa expressão, que insinua que somos culpados por não sabermos escolher bem os nossos políticos, porém eu lhes pergunto se não houver escolhas ideais a serem votadas a culpa permanece com quem vai votar? No Brasil, espera-se que haja uma formação mínima de ética, de leis, de civilidade para futuros detentores de mandatos.
Um país sem economia, não é um país. Vivemos em um país rico, que suga até a última gota de sangue dos seus filhos com impostos, ao mesmo tempo que o trabalho dos irmãos da pátria verde e amarela, a maioria considerável, é recompensada com péssimos salários, condições de trabalho vis, aposentadorias ridículas...
O que nos está faltando é ressuscitar a palavra moralidade no nosso país, onde o respeito às pessoas está tão combalido e a corrupção reina desenfreadamente sem pena nem dó.
Se corrigíssemos os erros dessas três palavras (política, economia, moralidade) e as jogássemos em um funil, na ponta do mesmo iria eclodir uma gota de orvalho, chamada justiça, a única forma de resolvermos os problemas, justiça dos homens e principalmente a justiça de Deus.
Temos que nos mobilizarmos para pressionar por mais leis que se iniciaram no ventre do povo, como por exemplo a lei de Ficha Limpa e irmos atrás de outras contra a corrupção, contra a alta carga tributária, a favor da valorização de trabalhadores capacitados, batalhadores e merecedores de mais respeito.
Não adianta pedir a Deus a resolução de todos nossos problemas. Acho que Ele já está cheio demais com tantos problemas para resolver e até arriscaria uma resposta do Mestre a nós médicos na insistência de tantas preces por melhores dias. A resposta Dele seria:
_ Meus filhos, eu já lhes dei o dom da inteligência, o dom de salvar vidas, o dom de sobreviver em mundo de feras e feridos. Agora, o resto é com vocês.
Marco Valério G. B. Gonçalves
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Tá na hora...
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Fragmento de um papel
terça-feira, 26 de julho de 2011
Ditados que foram ditados
Alguns ditados de que discordo:
"Contra fatos não existem argumentos" se fizer uma boa versão do fato, esse ditado cai.
"Pau que nasce torto, morre torto", caso o pau esteja na fogueira de São João, ele não morre torto, ele morre cinzas e o sujeito que recebeu esse ditado por aprontar, pode ter a sua recuperação, pois até o Fênix surgiu das cinzas.
"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura." O difícil é encontrar esse estado físico de mole da água. Só sei que a vida não é mole não.
Lógico que tudo isso que falei é uma brincadeira. E que os ditados populares fazem parte de nossa vida. É bem verdade que uns pela repetição até nos cansam, mas fazem parte de nossa cultura.
Afinal, "a voz do povo é a voz de Deus", mas se o povo ficar afônico ou mudo, vocês acham que Deus vai deixar de falar?
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
domingo, 24 de julho de 2011
Alfabeto grego de sentimentos
As minhas realidades mais coerentes foram desertoras no campo visual da cegueira cordial.
Aprendi que a superação não é apenas uma palavra em um dicionário e, que dois mais dois não são quatro, quando se usa a matemática poética.
A dor rima com amor, mas para amar aprendi que a dor rima também com calor e, que existe uma cortina de calor em mim.
O calor que se dissipa de minhas palavras, das minhas veias e que alimenta a minha esperança, que se precipta ao encontrar o frio de meu coração.
O coração que me deu de presente o que sou, o meu ser e o meu viver. O coração que me afaga ao encostar a minha face no travesseiro, pois ouço o seu ressoar presente e consistente a me falar que está ali.
Já escrevi muitos textos sem sentido ou até textos desconexos. Quem sabe este não seria um deles? Que me importa...
Os textos são a síntese das profecias mais desconexas, com as quais já me importei...
As profecias a que tanto temo, mas que insistem em me guiar.
A minha vida é uma profecia de Deus.
E eu sou a intulação intitulante das bençãos de Deus.
E tenho a plena consciência que não é preciso entender tudo o que se fala, porém é importante entender tudo o que se sente, pois o meu coração traduz um alfabeto grego de sentimentos...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
http://www.youtube.com/watch?v=DsvhdWr0wFE
domingo, 10 de julho de 2011
Beleza? Maluco-beleza?!
Fitamos os detalhes de um tempo ilusório. Fingimos o que nem mesmo sabemos o quê. Fantasiamos na mente o que nos parece realidade. Atuamos em um cenário de contradições. Vemos cores transparentes. Ouvimos sons de outro mundo. Vemos discos-voadores. Encantamos e somos encantados, porque no nosso íntimo temos um pouco de malucos-beleza.
Por isso, eu curto neste momento... Raul Seixas...
http://www.youtube.com/watch?v=sP4mhUZoPyk&feature=related
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
sábado, 9 de julho de 2011
Alta filosofia
Dois amigos se encontram no cafezinho da esquina e começam a falar sobre a vida.
Um deles, bem mal-humorado, dirigiu a palavra ao outro, um gordinho sorridente de 1,5 m de altura mais ou menos.
O de mal-humor disse:
Rapaz, a minha vida é só problema: a minha mulher é gastadeira, os meus filhos só me dão desgosto, o meu chefe não me dá aumento e até meu cachorro nem sequer balança o rabo quando me ver. Estou vendo todas as portas se fecharem para mim.
O gordinho sapeca disse:
_Calma, rapaz, quando se fechar uma porta para você, feche também a porta do seu quarto e ligue o ar-condicionado. Esfrie a cabeça meu velho!
_ Mas eu não tenho ar-condicionado no meu quarto._ disparou o reclamão.
Aí, o meio metro bricalhão disse:
_ Então, entre dentro da geladeira...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Olha o gol!
Havia um moleque na favela do Caos, o qual, todos os dias, ia espreitar o jogo de futebol, pelo lado de fora, no Clube dos Bambambans.
O seu sonho era jogar uma partida de futebol, naquele lindo estádio de grama impecável, pois o campo, em que ele era acostumado a jogar era de terra lá na sua comunidade.
Certa vez, ele, menino franzino, porém de olhar vívido e esperançoso, manifestou a sua vontade de jogar uma partida de futebol naquele campo elitizado, fechado e pouco receptivo a um dos jogadores bambambans, porém foi recepcionado com um não jocoso e desmerecedor. Aquele jogador de elite lhe disse:
- Olha moleque, vai dando o fora, pois tu não tens nem a bola, nem o campo, nem a minha equipe, muito menos o apito do nosso time, por isso te dou cartão vermelho...-falou um cara que se dizia um dos melhores do Bambambans Futebol Clube, o qual, em tempos passados, tinha recebido denúncias através dos noticiários de ter colocado soníforo na água de um time adversário, para ganhar o jogo.
O moleque foi embora, mas não baixou a cabeça. Ficou treinando no campo de sua comunidade e nunca perdeu a sua honra e dignidade.
Aos vinte anos, o moleque de antes foi descoberto por um "olheiro" e foi trabalhar em um grande time no exterior e por sinal está muito bem de vida, defendendo inclusive a seleção brasileira de futebol...
E, hoje, os que antes lhe renegavam, assistem à TV e gritam e vibram:
_Olha o gol!! Brasilllll....
E o gol é do moleque, o gol é de quem tem talento, persistência e vontade de vencer...
Essa estória contada, só me faz chegar a uma conclusão:
Tem campo para todo o mundo, só não tem para aqueles que não sabem driblar e fazer gol.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
domingo, 3 de julho de 2011
Linda música, cantada com magia
Talvez se os seres escutassem mais belas músicas, eles seriam mais felizes...
Os momentos felizes se escondem atrás das músicas...
Os pássaros compõem as suas próprias músicas, por isso eles são felizes...
Os anjos tocam suas trombetas nos céus...
Já eu, eu, bem eu escuto esta bela música:
http://www.youtube.com/watch?v=LsT9jJYIXG4&feature=related
Aplausos!!
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Dicas de comunicação e conexão
A comunicação é muito importante, desde pequenos nos comunicamos, pois quando éramos bebês, chorávamos ao estarmos com fome, com medo, com dor ou carentes de carinho, no intuito de termos alimento, proteção, recebermos assistência ou ganharmos afagos e mimos, respectivamente.
Ao crescermos, a comunicação se mostra também importantíssima, seja no trabalho, em casa, na rua... Cada pessoa tem uma forma peculiar de se comunicar, até mesmo os mais tímidos. Os nossos bichinhos estimação também têm suas formas peculiares de se comunicar, afinal reconhecia de longe o latido de meu querido cão pastor-alemão para sair de sua casinha.
Considero-me uma pessoa extrovertida, ao estar com pessoas próximas e familiares. Um dia, em um encontro familiar, teve uma brincadeira em que cada um tinha que admitir um defeito, em uma espécie de divulgação em público. Então,chegou a minha vez e disparei:
_ Pessoal, meu maior defeito (fazendo cara de suspense) é por que sou um pouco tímido demais... - todos os amigos e familiares riram.
Um livro muito interessante sobre o assunto e que estou lendo é "Todos se comunicam, poucos se conectam" de John C. Maxwell. Excelente livro!
O autor fala que para se conectar com os outros, além de ter o domínio no agir, pensar e sentir; tem de transparecer emoções reais, interessar-se fielmente com os outros, manifestar reações faciais condizentes com o que se fala e desenvolver o carisma, que, nada mais é que se preocupar com os ouvintes e lhes agregar e desenvolver os seus próprios valores, porque assim as pessoas podem até nem se lembrarem o que você disse ou fez, porém com certeza elas vão lembrar a sensação e o bem-estar de estar com você.
Com esse parágrafo anterior eu lhes disse uma síntese do que eu entendi o que seria conectividade. Abaixo eu utilizarei as dicas do próprio autor sobre o tema:
"Se tentar comunicar:
- algo que sei mas não sinto, minha comunicação não tem paixão;
- algo que sei, mas não faço, minha comunicação é teórica;
- algo que sinto, mas não sei, minha conexão é sem fundamento;
- algo que sinto, mas não faço, minha conexão é hipócrita;
- algo que faço, mas não sei, minha conexão é presunçosa;
- algo que faço, mas não sinto, minha conexão é mecânica.
Quando os componetes estão faltando, o resultado para mim como comunicador é a exaustão..."-define Jonh Maxwell.
Se alguém quiser o livro emprestado é só postar um comentário abaixo que terei o prazer em emprestar uma bela obra em benefício do seu sucesso... Agora, com uma condição são 2 vês: vai e volta...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
quinta-feira, 30 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
Na cura, no soerguimento e até que a morte nos separe
Apesar de todo este turbilhão de notícias ruins, nesta semana, deparei-me com três fatos que me fizeram feliz, três histórias de pacientes.
Encontrei uma pessoa querida próxima de minha família, no início da semana, a qual obteve a cura de sua doença e foi tratada também por mim. Ela disse palavras lindas de agradecimento. Sou sincero fiquei bastante feliz com aquele momento e por sua cura.
Os dois outros fatos que me elevaram o meu estado de luz de alegria ocorreram ontem.
Um deles ocorreu por telefone, em que a esposa de um paciente, que tinha hanseníase e estava com um problema de circulação por uma obstrução arterial em coxa direita, por tabagismo crônico, ligou-me para dizer que foi realizada a cirurgia de revascularização do membro e o mesmo já estava andando, com a cicatrização da ferida operatória e com a volta do aquecimento da perna.
Nesse último caso, apenas facilitei os encaminhamentos para dar destino e solução para aquela situação e consegui. A alegria me invadiu o coração com o soerguimento de um paciente ao voltar a andar.
O outro fato foi o seguinte: estávamos eu e minha mãe em um restaurante, quando ouvi de duas pessoas um chamado por “Dr. Marco Valério”, virei-me e notava que eram semblantes que eu já tinha visto, mas que não me chegava à memória naquele instante. Então, conversando um pouco mais, veio à mente a história do paciente que tinha acompanhado há uns quatro anos, ainda no hospital universitário Lauro Wanderley.
Eram duas mulheres, a esposa do paciente e uma amiga, que com sorrisos nos rostos vieram falar comigo, como também agradecer do período que o seu ente esteve em minhas mãos e que diagnosticamos que o motivo da paraplegia do mesmo era um tumor pulmonar com metástase para coluna.
Essa última situação me chamou certa atenção, primeiro pelo tempo passado, e, segundo, que mesmo com a morte inevitável do paciente, ainda ficou naquela família o senso de gratidão pelo trabalho com afinco feito por um humilde funcionário, um reconhecimento feito mesmo com a morte daquele paciente querido que nos separou, mas que restou na lembrança dos que ficaram a gratidão, repito mais uma vez, a gratidão.
Encontro forças na minha profissão, também, através de orações e pensamentos positivos de vários pacientes e seus familiares espalhados pelo Brasil. Toda uma energia que nos chega com altivez e esperança, apesar de não ser uma mensagem ouvida, mas tenham certeza é uma mensagem sentida.
Contando os fatos, lembro-me de uma frase do músico Charlie Parker, que dizia: “Se você não viver o jazz, ele não sai do seu instrumento musical.”.
Aproveitando, a deixa de Charlie, concluo: “Se a gente não viver a Medicina, ela não sairá de nossa alma, na cura, no soerguimento e após a morte que nos separa.”.
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves (25/06/2011)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Abebe Bikila, uma história de vida
Com o decorrer do meu texto, eu os explicarei, mas antes falarei um pouco desse atleta que se encontra no pódio. Ninguém o conhecia, nos Jogos de Roma, em 1960, quando se juntava a outros 35 participantes da maratona. A vida lhe pregou muita indiferença, pois como um pobre negro vindo de um país africano pobre concorrendo com tantos outros fortes poderia ganhar uma maratona? E detalhe impressionate: ele correu tal maratona DESCALÇO, literalmente descalço.
Aos 28 anos, Abebe Bikila não tinha experiência internacional, mas seu corpo estava pronto para corridas de longa distância. Costumava treinar na região de sua aldeia, a quase 2500m acima do nível do mar, o que lhe dava resistência muscular e orgânica.
Chegando em Roma, ao visitar o trajeto que percorreria posteriormente na maratona, avistou "A coluna de Axum", monumento roubado da Etiópia pelas tropas italianas, então, decidiu que a partir dali ele daria a arrancada para a vitória.
E assim fez. Mesmo descalço, com muita garra e heroísmo, aquele atleta franzino desafiava o palpite e a indiferença de todos, sendo o primeiro atleta africano negro a ganhar uma medalha de ouro olímpica.
Conseguiu também a façanha de ganhar em 1964, a maratona de Tóquio, mesmo ainda se recuperando de uma cirurgia de apendicite e depois de enfrentar problemas de perseguição em seu país, acusado de um complô militar. Com tudo isso, tornou-se o único a vencer duas maratonas olímpicas.
Em março de 1969, o maior maratonista olímpico sofreu um acidente de automóvel e ficou paralítico. Com os poucos movimentos que lhe restaram , ainda tentou competir em arco e flecha. Morreu em outubro de 1973, aos 41 anos de idade.
Lendo a história de Abikila no livro de Odir Cunha, chamado "Sonhos mais que possíveis", descobri que esse atleta lutador apesar de não ter o dom da escrita, deixou-nos a sua própria história escrita em seus feitos, por isso que dedico em sua memória este espaço merecido para falar de um exemplo a ser seguido, um exemplo a ser escrito em nossas vidas, pois futuramente o mundo nos lerá...
Acompanhem a história de Abebe Abikila, neste vídeo abaixo e se emocione!
http://www.youtube.com/watch?v=9pp1bcSC__k
Reflitam!
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Os dez pequenos grandes fatos
Vamos lá:
1) Estar no restaurante, já no finalzinho de uma refeição, existe apenas um pedacinho último do filet no seu prato, com o qual você já está fazendo planos como vai ser o último deguste. Então, inadvertidamente, o garçom pensando que você já teria terminado, tira-lhe essa alegria, e leva o prato para cozinha.
2) Estar em casa, na hora do almoço, a exatamente meio-dia, ao se colocar a primeira colher da santa refeição na boca, o telefone toca. Sabe quem é? O pessoal do telemarketing querendo vender cartão de crédito...
3) Em direção ao trabalho, andando em lugar aberto, com toda a beleza de uma linda natureza de árvores, mas no transcurso, ser bombardeado por um pombo que joga um míssil exatamente na sua roupa...
4) Na estrada em manutenção, onde existem vários siga e pare: já pensou quando o período é de "siga" e exatamente quando você está passando, o guarda manda você parar e esperar para que os outros passem em sentido contrário?
5)Encontrar no elevador com um morador do edifício com o seu cãozinho, o cara solta um pum em transcurso e ainda joga a culpa no coitado do cachorro e o pior é que a pessoa ter que ir acompanhando a cinética do pum com o olfato.
6) Estar resfriado, e na horinha de soltar um espirro, no ápice do "ah, ahh, ahhh..." falta-nos o "tiiiimmm", ou seja, o espirro é interrompido e depois não se tem mais vontade...
7) Ao banho, todo ensabuado, dar um problema na bomba de água do edifício e falta água...
8)Ir para uma festa, em que uma pessoa está vestindo exatamente a mesma camisa sua. O pior não é nem isso, é vestir preto e branco em um bar e ser confudido com o garçom...
9)Pingar cloridrato de nafazolina (Sorine) no olho pensando ser colírio.
10)Aguentar birra e mal-educação dos filhos dos outros e ainda ter que disfarçar com um "eita, que menino esperto" em vez de um "eita, pestinha"...
É, meus amigos, acho que os meus óculos andam vendo fatos demais. Quem sabe ao trocar o grau deles eu venha ver muitos outros fatos, e assim aumentar essa lista de dez para mil...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Romão e Joelita
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Uma conversa entre amigos
_Senta aí, Sêneca! A casa é sua rapaz. - minha intenção com essas palavras era deixá-lo bem à vontade, para iniciarmos uma conversa.
_ Muito obrigado, Marco... - respondeu-me ele.
_ Sêneca, rapaz, me tire uma dúvida, o que você acha de as pessoas ultimamente falar tanta coisa e não fazerem o que falam? Uma total enganação...
_ Baseado em meus estudos, acredito ser melhor contemplar as próprias coisas e falar movido por elas, emitindo palavras adequadas aos fatos, de modo que, para onde quer que levem, o discurso siga esta espontaneidade.- falou-me ele com um ar de seriedade e contemplação.
_ Ah, meu nobre, quer dizer que em seus ensinamentos, você preza pela espontaneidade de nossas ações para evitar as preocupações do dia-a-dia?- pergunteio-o ansiosamente.
_Não me detendo em detalhes, atento para o fato de que, em minhas preocupações, sou acompanhado por certa timidez cheia de boas intenções. Temo me inclinar paulatinamente para elas ou, o que é mais preocupante, ficar sempre pendente e que talvez isso seja mais forte do que eu havia previsto. Isso porque as coisas costumeiras nos parecem familiares e sempre são julgadas de modo benevolente.
_ Pois é, Sêneca, rapaz, você falou bonito, concordo com tudo que você acabou de falar. Hoje em dia, para mim, a minha maior preocupação é ver que tem muita gente querendo ser o que não é, passando por cima dos outros a todo custo...
Sêneca, com seu semblante confiante me disse:
_ Penso que muitos poderiam ter chegado à sabedoria se não pensassem já serem sábios,se não tivessem dissimulado para si mesmo algumas coisas e se não tivessem passado por outras tantas com os olhos fechados.
_ Com relação, aos muitos e muitos seres do mundo que estão sofrendo neste momento, por várias causas distintas, Sêneca, qual seria a sua mensagem?
Após um suspiro intenso, ele disse:
_ Considera que os prisioneiros apenas no princípio se afligem com as algemas e os grilhões que impedem seus passos. Porém, quando resolvem não mais irritarem e se propõem a suportá-los, a necessidade lhes ensina a levá-los com fortaleza, e o costume, com facilidade. De fato, em qualquer gênero de vida, encontrarás distrações, compensações e deleites, desde que queiras avaliar com leves os teus males, em lugar de fazê-los insuportáveis.
_ Para encerrar a nossa conversa, me diz amigo Sêneca, uma mensagem final para que eu possa refletir nesta semana?
Ele me respondeu:
_ Lançando mão de uma imagem que expresse o que sinto, digo que não me cansa a tempestade, mas, sim, a náusea. Portanto, afasta o que quer que seja este mal e socorre ao náufrago que já avista a terra.
_ Valeu, Sêneca!- despedi-me dele, emocionado com tanta sabedoria.
Após a nossa conversa, pus de volta o livro do amigo na estante. Os seus escritos aqui colocados até pareciam que estavam falando comigo, pois seus ensinamentos são lições para toda uma vida...
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
Fonte: Sêneca, L. A. Da tranquilidade da alma, L&PM Editores, 2009.
sábado, 30 de abril de 2011
Quem nunca falou um "palavrão"?
Quem nunca disse um palavrão? Algumas pessoas já soltaram palavrões contidos, outros deliberados. Mas existem palavrões contidos? Bem, não sei se existem, porém inventei essa classificação agora, para classificar as pessoas que dizem raramente um palavrão, sem muita exposição pública, das pessoas que os disparam sem nenhum constrangimento em qualquer lugar.
Essa introdução (por favor, caros leitores, não coloquem malícia nessa palavra agora) é para mostrar que o palavrão faz parte de nossa língua, da nossa cultura e do nosso dia-a-dia, por isso, por mais que apredamos que falá-lo é feio, renegá-lo é fechar os olhos para nossa própria consciência.
Na revista Língua Portuguesa, de abril deste ano, editora Segmento, deparo-me com uma matéria "Palavrões e afins", que mostra a diversidade de tais palavras. Imaginem só que enquanto os idiomas inglês, italiano, francês, alemão, espanhol têm 9 mil expressões chulas em cada uma delas, nós falantes do português só dispomos de 3 mil obscenidades.
É de Mário Souto Maior o Dicionário do Palavrão e Termos afins, um dos 508 livros proibidos no Brasil após o ano de 64. Ele concluiu que o homem, o jovem e o pobre falam mais palavrões do que a mulher, o velho e o rico.
Segundo a matéria, mães e filhos são muito invocados nos palavrões. Só perdem para os maridos enganados. O primeiro livro sobre as gírias da língua portuguesa é Infermidade da Língua, de Manuel Joseph Paiva, publicado no século XVIII.
Abaixo, vou transcrever um trechinho da matéria:
"... a expressão "abrir as pernas" tinha no comércio o significado de ceder, como no sexo. Xibio, originalmente um diamante, consolidou-se para designar a vagina, que em latim era a bainha onde o soldado guardava a espada. Hoje, "espada" designa também o homem heterossexual. Aliás, é pretensão masculina designar seu orgão sexual a partir do latim caraculum, que quer dizer estaca, mas o marinheiro Cabral que avistou o Brasil estava na casa do caraculum, "na casa da estaca", na gávea, um lugar de castigo, sujeito ao frio, sol, chuva, tempestade!"
É, meus amigos, os palavrões estão soltos por aí. Afinal, quem nunca falou um "palavrão"? Ou vocês acham que em algum momento do casamento real do príncipe William com a bela Kate, na Inglaterra, naquela festança toda, no primeiro contra-tempo, que porventura ocorreu, não houve alguém que disparou um palavrãozinho?
Marco Valério Gomes Batista Gonçalves.
Fonte: Revista Língua Portuguesa, editora Segmento, abril, 2011.